segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

A Vida Santificada



            Lemos em 1 Pedro 1.16 que a vontade de Deus para conosco é que sejamos santos como ele o é; aprendemos em Hebreus 12.10 que o Senhor nos disciplina por amor, a fim de que sejamos participantes de sua santidade; portanto, a vida que nos é proposta é a vida de santidade. Porém, o que é a vida de santidade? Podemos responder essa pergunta dizendo três coisas que a vida de santidade não é, para que possamos entender o que ela é.
            A vida de santidade não é, em primeiro lugar, libertação da tentação. É mesmo provável que venhamos a ser mais tentados do que nunca o fomos antes. Pois, até então, não representávamos grande perigo para o reino de Satanás; conseqüentemente, ele não se inquietava muito conosco. Porém, no momento em que entrarmos nessa experiência, ele fará tudo o que lhe for permitido e estiver ao seu alcance para nos derrubar. Portanto, a santificação não assegura de forma alguma a libertação da tentação. Em segundo lugar, não e uma garantia de se ficar livre da possibilidade de pecar. A Escritura nos adverte: “Aquele que pensa estar em pé, veja que não caia”. Não há qualquer condição nesta vida em que um cristão esteja livre da possibilidade de pecar. Os que sobem mais alto podem cair mais baixo. Fiquemos, portanto, precavidos contra o falso senso de segurança de que somos capazes, por nós mesmos, de permanecer firmes e não pecar. Não é, em terceiro lugar, uma libertação gradual do pecado. Este nunca é o caminho divino da vitória, pois Deus trata com o pecado e resolve a questão de uma vez por todas. Conforme Romanos 6.14, Deus quebra o poder do pecado e não há mais submissão a ele.
            Por outro lado, a vida de santidade é, em primeiro lugar, uma crise experimental instantânea. Isto quer dizer que tem um princípio e, embora possa ser vista, quanto a seus efeitos, como um processo tão longo quanto a vida, deve-se reconhecer também que tem a natureza de uma crise. Como com Israel, de manhã estamos no deserto, de tarde, em Canaã. Em segundo lugar, a vida de santidade é uma vida de vitória sobre o pecado. Se não for isso, não é nada. Deus nos tem garantido a libertação do poder do pecado, ele diz: “Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça” (Rm 6.14). Sem uma vida de vitória sobre o pecado, a profissão de uma experiência de santificação é um escárnio. Essa vida é, em terceiro lugar, um processo de transformação à semelhança de Jesus Cristo, o qual acompanha todo curso da vida. Em 2 Coríntios 3.18 lemos “E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, com por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito”. Noutras palavras, participamos cada vez mais da sua imagem, até que, finalmente, quando ele voltar, sejamos como ele é.