sexta-feira, 5 de junho de 2020

Mais uma vez sobre as promessas de Deus e o descanso de Deus

            “Esforcemo-nos, pois, por entrar naquele descanso, a fim de que ninguém caia, segundo o mesmo exemplo de desobediência” (Hebreus 4.11). Desejamos, porém, continue cada um de vós mostrando, até ao fim, a mesma diligência para a plena certeza da esperança; para que não vos torneis indolentes, mas imitadores daqueles que, pela fé e pela longanimidade, herdam as promessas” (Hebreus 6.11-12). “E assim, depois de esperar com paciência, obteve Abraão a promessa” (Hebreus 6.15).
            Novamente, as promessas de Deus e o descanso de Deus estão em vista. Nesses versículos intrigantes, dois termos compreensivos estão ligados às promessas e ao descanso de Deus: esforço ou diligência e longanimidade ou paciência. Embora soem contraditórios, de fato, são complementares.
            Para aqueles que creem no Senhor Jesus, o descanso espiritual é prometido. Esse descanso começa com um resgate divino do fardo esmagador do pecado e da culpa. A seguir, o descanso tem a intenção de desenvolver-se para alívio celestial da carga insuportável da vida cristã autogerada. Entrar nesse descanso espiritual diário não é uma questão opcional nem casual. Pois a Escritura afirma: “Esforcemo-nos, pois, por entrar naquele descanso, a fim de que ninguém caia, segundo o mesmo exemplo de desobediência” (Hebreus 4.11). O Senhor deseja incitar e manter em nós uma ânsia por esse descanso diário nele. Ele deseja que ansiosa e cuidadosamente o busquemos com vistas a esse repouso que somente ele pode dar. Nosso Deus deseja levar-nos adiante, para uma segurança amadurecida (uma confiança compreensivamente desenvolvida em suas promessas. Como ensina a Escritura: “Desejamos, porém, continue cada um de vós mostrando, até ao fim, a mesma diligência para a plena certeza da esperança” (Hebreus 6.11). Se somos relutantes em clamar ao Senhor por essa diligência em buscar seu descanso diariamente, nós finalmente nos tornaremos letárgicos ou indolentes espiritualmente; como está escrito: “para que não vos torneis indolentes” (Hebreus 6.12a). O descanso de Deus é projetado para produzir fervor espiritual, não preguiça espiritual. Note o que o Espírito diz por meio de Paulo: “No zelo, não sejais remissos; sede fervorosos de espírito, servindo ao Senhor” (Romanos 12.11).
            Juntamente com a diligência em buscar em Deus o descanso que ele promete, o Senhor também deseja desenvolver em nós uma paciência com relação à suas promessas. Observe o que a Escritura afirma: “Mas imitadores daqueles que, pela fé e pela longanimidade, herdam as promessas” (Hebreus 6.12b), e “E assim, depois de esperar com paciência, obteve Abraão a promessa” (Hebreus 6.15). Deus não deseja que nossa diligência espiritual se degenere em ansiedade e impaciência. Todavia, como podemos crescer em diligência e paciência ao mesmo tempo? Como é que essas duas coisas não são mutuamente excludentes? Bem, diligência diz respeito ao que Deus promete fazer. Devemos buscar de modo ardente o que Deus promete. Paciência diz respeito ao quando Deus deseja cumprir suas promessas. Devemos pacientemente confiar nele, esperando por seu tempo perfeito.
            Por isso, em oração, louvemos a Deus pelas maravilhosas realidades que ele torna disponíveis a nós por meio de suas promessas; desejemos buscar ao Senhor diligentemente visando o cumprimento de suas promessas em nossa vida; todavia, se tivermos de esperar por um longo tempo pelo cumprimento de uma promessa, como Abraão esperou por seu filho prometido, supliquemos que o Senhor nos ajude a sermos pacientes, confiando em seu tempo perfeito.