“Esforcemo-nos,
pois, por entrar naquele descanso, a fim de que ninguém caia, segundo o mesmo
exemplo de desobediência” (Hebreus 4.11). Desejamos, porém, continue cada um de
vós mostrando, até ao fim, a mesma diligência para a plena certeza da
esperança; para que não vos torneis indolentes, mas imitadores daqueles que,
pela fé e pela longanimidade, herdam as promessas” (Hebreus 6.11-12). “E assim,
depois de esperar com paciência, obteve Abraão a promessa” (Hebreus 6.15).
Novamente,
as promessas de Deus e o descanso de Deus estão em vista. Nesses versículos
intrigantes, dois termos compreensivos estão ligados às promessas e ao descanso
de Deus: esforço ou diligência e longanimidade ou paciência. Embora soem
contraditórios, de fato, são complementares.
Para aqueles que creem no Senhor Jesus, o descanso
espiritual é prometido. Esse descanso começa com um resgate divino do fardo
esmagador do pecado e da culpa. A seguir, o descanso tem a intenção de
desenvolver-se para alívio celestial da carga insuportável da vida cristã
autogerada. Entrar nesse descanso espiritual diário não é uma questão opcional
nem casual. Pois a Escritura afirma: “Esforcemo-nos, pois, por entrar naquele
descanso, a fim de que ninguém caia, segundo o mesmo exemplo de desobediência”
(Hebreus 4.11). O Senhor deseja incitar e manter em nós uma ânsia por esse
descanso diário nele. Ele deseja que ansiosa e cuidadosamente o busquemos com
vistas a esse repouso que somente ele pode dar. Nosso Deus deseja levar-nos
adiante, para uma segurança amadurecida (uma confiança compreensivamente
desenvolvida em suas promessas. Como ensina a Escritura: “Desejamos, porém,
continue cada um de vós mostrando, até ao fim, a mesma diligência para a plena
certeza da esperança” (Hebreus 6.11). Se somos relutantes em clamar ao Senhor
por essa diligência em buscar seu descanso diariamente, nós finalmente nos
tornaremos letárgicos ou indolentes espiritualmente; como está escrito: “para
que não vos torneis indolentes” (Hebreus 6.12a). O descanso de Deus é projetado
para produzir fervor espiritual, não preguiça espiritual. Note o que o Espírito
diz por meio de Paulo: “No zelo, não sejais remissos; sede fervorosos de
espírito, servindo ao Senhor” (Romanos 12.11).
Juntamente
com a diligência em buscar em Deus o descanso que ele promete, o Senhor também
deseja desenvolver em nós uma paciência com relação à suas promessas. Observe o
que a Escritura afirma: “Mas imitadores daqueles que, pela fé e pela longanimidade,
herdam as promessas” (Hebreus 6.12b), e “E assim, depois de esperar com
paciência, obteve Abraão a promessa” (Hebreus 6.15). Deus não deseja que nossa
diligência espiritual se degenere em ansiedade e impaciência. Todavia, como
podemos crescer em diligência e paciência ao mesmo tempo? Como é que essas duas
coisas não são mutuamente excludentes? Bem, diligência diz respeito ao que Deus
promete fazer. Devemos buscar de modo ardente o que Deus promete. Paciência diz
respeito ao quando Deus deseja cumprir suas promessas. Devemos pacientemente
confiar nele, esperando por seu tempo perfeito.
Por isso, em oração, louvemos a Deus
pelas maravilhosas realidades que ele torna disponíveis a nós por meio de suas
promessas; desejemos buscar ao Senhor diligentemente visando o cumprimento de
suas promessas em nossa vida; todavia, se tivermos de esperar por um longo
tempo pelo cumprimento de uma promessa, como Abraão esperou por seu filho
prometido, supliquemos que o Senhor nos ajude a sermos pacientes, confiando em
seu tempo perfeito.