“Propôs também esta parábola a alguns que confiavam em si mesmos, por se considerarem justos, e desprezavam os outro: Dois homens subiram ao templo com o propósito de orar: um fariseu, e o outro, publicano. O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho. O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador! Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado” (Lucas 18.9-14).
A importância do ensino de Jesus em nosso texto pode
ser vista em sua repetição em várias ocasiões, a saber, Mateus 23.12; Lucas
14.11. A instrução apresenta a inevitabilidade universal do contraste
resultante da auto exaltação e da humildade, a saber, Todo o que se exalta será
humilhado; mas o que se humilha será exaltado” (Lucas 18.14b).
Essa
proclamação particular da mensagem foi dada em uma parábola que admoesta contra
a justiça própria e encoraja a humildade. Observe o relato de Lucas, que diz:
“Propôs também esta parábola a alguns que confiavam em si mesmos, por se
considerarem justos, e desprezavam s outros” (Lucas 18.9). Os exemplos
contrastados na parábola são as orações do líder religioso seguro de si mesmos
e a do publicano arrependido. O texto informa, “Dois homens subiram ao templo
com o propósito de orar: um fariseu, e o outro, publicano” (Lucas 18.10).
Quando o fariseu, que se considerava justo, orou, ele teve, de fato, um diálogo
pessoal consigo mesmo, embora inutilmente ele dirija sua oração a Deus. Preste
atenção no relato bíblico, “O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo”
(Lucas 18.11a). Em seguida, é relatado como ele começou sua oração de modo
bíblico, com uma expressão de gratidão, a saber, “Não andeis ansiosos de coisa
alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas diante de Deus, as vossas petições,
pela oração e pela súplica, com ações de graças” (Filipenses 4.6). Contudo, sua
gratidão se baseava um uma suposição ímpia de que ele era por natureza melhor
que os outros, particularmente, melhor que aquele publicano que estava perto.
Ele disse: “Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens,
roubadores, injustos e adúlteros nem ainda como este publicano” (Lucas 18.11b).
Então, ele continua a falar sobre suas virtudes, revendo suas realizações
religiosas, as quais aparentemente eram muito impressionantes para ele. Ele
disse: “jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho” (Lucas
18.12).
Este
fariseu, que confiava em sua própria justiça, estava muito seguro de sua boa
posição diante de Deus. Todavia, ele estava medindo a si próprio com a fita
métrica de seus próprios olhos e comparando-se a outros. Entretanto, as
Escrituras, que ele reivindicava como seu guia, condenam a justiça própria,
como está escrito: “Há aqueles que são puros aos próprios olhos e que jamais
foram lavados da sua imundícia” (Provérbios 30.12). Embora este homem estivesse
impressionado com seu comportamento exterior, Deus via a abominação de seu
coração ímpio. O Senhor Jesus deixa claro que, enquanto os homens olham para a
conduta exterior, Deus olha para o interior, para o coração; como está escrito:
“Mas Jesus lhes disse: Vós sois os que vos justificais a vós mesmos diante dos
homens, mas Deus conhece o vosso coração; pois aquilo que é elevado entre
homens é abominação diante de Deus” (Lucas 16.15).