“Mas agora diz o Senhor, que me formou desde o ventre para ser seu servo, para que torne a trazer Jacó e para reunir Israel a ele, porque eu sou glorificado perante o Senhor, e o meu Deus é a minha força. [...] Diz ainda o Senhor: No tempo aceitável, eu te ouvi e te socorri no dia da salvação; guardar-te-ei e te farei mediador da aliança do povo, para restaurardes a terra e lhe repartires as herdades assoladas; para dizeres aos presos: Saí, e aos que estão em trevas: Aparecei. Eles pastarão nos caminhos e em todos os altos desnudos terão pasto” (Isaías 49.5, 8-9).
Diversas
vezes, por meio dessas centenas de meditações, examinamos o relacionamento
entre “humildade e fé” e “crescimento na graça”. Estas repetidas oportunidades
nos ajudam a compreender os meios de se viver dia a dia pela graça. É oportuno
lembrar o ensino das Escrituras, a saber, “Antes, ele dá maior graça; pelo que
diz: Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes” (Tiago 4.6); e “Por
intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual
estamos firmes: e gloriamo-nos na esperança da glória de Deus” (Romanos 5.2).
Nas últimas meditações, temos considerado a humildade e a graça. E, em uma
recente meditação, vimos que Jesus é o exemplo máximo de humildade. Agra,
voltaremos a dar considerável atenção à fé e a graça. No que diz respeito à fé,
começaremos onde paramos com a humildade, isto é, com Jesus como o nosso
exemplo; Novamente, veremos que Jesus é o exemplo máximo de fé.
Os versículos citados acima fazem parte de uma
profecia que envolve o Deus Pai e o Deus Filho, o Servo do Senhor, o Messias,
viria a fim de prover o dom da salvação de Deus. Observe com atenção as
palavras da Escritura: “Mas agora diz o Senhor, que me formou desde o ventre
para ser seu servo” (Isaías 49.5a). Um anjo finalmente anunciaria esta profecia
como cumprindo-se, dizendo: “José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua
mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho
e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles”
(Mateus 1.20-21). A confissão proferida pelo Messias também é dada aqui de modo
profética, ele diz: “o meu Deus é a minha força” (Isaías 49.5c). Quando o Filho
deixasse o céu para encarnar-se, ele agiria pela fé em seu Pai. As palavras de
segurança proferidas pelo Pai expressam esta confiança nele, dizendo: “Diz
ainda o Senhor: No tempo aceitável, eu te ouvi e te socorri no dia da salvação;
guardar-te-ei e te farei mediador da aliança do povo” (Isaías 49.8a).
O
fato de Jesus ter vivido pela fé em seu Pai era parte de seu ministério de
ensino. O Mestre, Jesus Cristo, devia ensinar seus discípulos mediante suas
palavras e mediante seu exemplo. Na verdade, esse foi o modo usado por seu Pai
para ensiná-lo. Como está escrito: “Então, lhes falou Jesus: Em verdade, em
verdade vos digo que o Filho nada pode fazer de si mesmo, senão somente aquilo
que vir fazer o Pai; porque tudo o que este fizer, o Filho também
semelhantemente o faz” (João 5.19). Nisto, Jesus (que deixou de lado o
exercício independente de sua divindade) deixa o exemplo de como o homem deve
viver em humilde dependência da fidelidade de Deus.