Por meio de qual caminho gozamos da
presença e da intimidade com Deus? Dois caminhos são propostos: o caminho da
antiga aliança, e o caminho da nova aliança. O primeiro é um caminho velho e
moribundo; o segundo, um novo e vivo caminho.
A Escritura fala desse novo e vivo
caminho, dizendo: “Tendo, pois, irmãos intrepidez para entrar no Santo dos
Santos, pelo sangue de Jesus. Pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou
pelo véu, isto é, pela sua carne” (Hebreus 10.19-20).
Aqui, a vida sob a nova aliança da
graça é descrita como o “novo e vivo caminho”. Este caminho pode ser
contrastado com o “velho e moribundo caminho” da tentativa de viver sob a
antiga aliança da Lei. A “novidade” da graça não é, de fato, uma questão de
sequência de tempo, porque a graça de Deus na verdade precede a Lei na história
do homem com Deus. A “árvore da vida”, no Jardim do Éden, era a provisão da
graça de Deus para Adão e Eva. A promessa de Deus a Abraão, dada centenas de
anos antes da Lei, dependia da fiel graça de Deus, não do desempenho legal de
Abraão.
A “novidade” da graça é seu frescor
e vitalidade diários. Dia a dia, pela graça de Deus, medidas frescas de vida
encontram-se abundantemente disponíveis àqueles que confiam no Senhor como sua
fonte. Isto torna a vida com Deus fresca e nova cada dia.
Sob a antiga aliança, apenas uma
pessoa, o sumo sacerdote, podia entrar na presença íntima de Deus, o Santo dos
Santos. Além disso, essa entrada no Santo dos Santos só era permitida uma única
vez por ano, no Dia da Expiação nacional. Este acesso limitado certamente “fazia
ficar velha”, nos corações de todas as pessoas, aquela fome pela vida de Deus.
Agora, sob a nova aliança da graça,
cada crente em Jesus, seu grande Sumo Sacerdote, pode confiantemente aproximar-se
do Senhor pessoalmente em qualquer momento do dia. O acesso é permitido não
apenas uma vez por ano, por mês ou por semana, mas todos os dias e a qualquer
momento. A Escritura afrma: “Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no
Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus”. Por meio do sangue de Jesus derramado
na cruz, o qual perdoa todos os nossos pecados, podemos falar com o Senhor e
gozar de sua presença em nossas vidas continuamente.
Jeremias deu algumas dicas acerca do
tipo de relacionamento fresco e vital com Deus, quando disse: “As misericórdias
do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias
não têm fim; renova-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade. A minha porção é
o Senhor, diz a minha alma; portanto, nele esperarei” (Lamentações 3.22-24).
O apóstolo Paulo escreveu com
precisão acerca dessa “novidade”. “Agora, porém, libertados da lei, estamos
mortos para aquilo a que estávamos sujeitos, de modo que servimos em novidade
de espírito e não na caduquice da letra” (Romanos 7.6). Portanto, os que têm
Jesus como seu único e suficiente Salvador e Senhor possuem um acesso
irrestrito ao Deus Pai, por meio do novo e vivo caminho, Jesus Cristo.
Rendamos graças ao Senhor da vida,
que nos proporcionou este novo e vivo caminho. Cultivemos em nosso coração o
anseio por habitar na presença do Senhor dia a dia. Confessemos toda nossa
fracassada tentativa de gozar da intimidade do Senhor com base no melhor que
podemos fazer, uma vez que este velho e moribundo caminho é obsoleto e sem
vida. Esperemos no Senhor, nossa porção, pois ele provê o caminho melhor.
Roguemos a ele que nos ensine a andar por este novo e vivo caminho.