segunda-feira, 5 de maio de 2014

A Igreja: Privilégio e Dever (parte 2)



            Vimos, na meditação anterior, que um dos grandes privilégios que temos como filhos de Deus é o de pertencer à Igreja de Cristo. Todo aquele que crê em Cristo Jesus como seu único e suficiente Salvador e Senhor é, automática e imediatamente, membro da Igreja Universal e Invisível de Cristo. E deve, por isso, tornar-se membro da Igreja Visível de Cristo, filiando-se a uma igreja local que seja verdadeiro ramo da Igreja de Cristo. Esse privilégio e dever se dão em virtude daquilo que a Igreja é, por isso, mencionamos algumas descrições bíblicas sobre a Igreja. Hoje, completaremos o assunto.
            A Igreja é o povo de Deus – “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamar as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; vós, sim, que, antes não éreis povo, mas, agora, sois povo de Deus, que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora, alcançastes misericórdia” (1 Pedro 2.9-10). Os salvos por Cristo Jesus constituem um povo especial, eleito e santificado por Deus. Um povo que foi comprado por Deus a preço de sangue, o sangue de Jesus Cristo, para pertencer exclusivamente a ele.
            Por ser assim caracterizada, os cristãos gozam do privilégio de pertencer automática e imediatamente a Igreja, e possuem alguns deveres para com ela. A saber:
            Ser assíduo a suas reuniões, com alegria – “Alegrei-me quando me disseram: Vamos à Casa do Senhor” (Salmo 122.1). Os cristãos, por gozarem do privilégio de ser parte da Igreja de Cristo, devem participar de suas reuniões assiduamente. Não por constrangimento nem com tristeza, mas com alegria. A alegria de ir à Casa de seu Deus e Salvador.
            Ter prazer em participar de suas reuniões – “Quão amáveis são os teus tabernáculos, Senhor dos Exércitos! A minha alma desfalece pelos átrios do Senhor; o meu coração e a minha carne exultam pelo Deus vivo! O pardal encontrou casa, e a andorinha, ninho para si, onde acolha os seus filhotes; eu, os teus altares, Senhor dos Exércitos, Rei meu e Deus meu!” (Salmo 84.1-3). Os tabernáculos do Senhor, sua Igreja, são amáveis, desejáveis e prazerosos. São amáveis porque são a Casa do Senhor; são desejáveis porque o Senhor Deus está ali; e são prazerosos porque seus participantes são bem aventurados.
            Não deixar de frequentá-la – “Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima” (Hebreus 10.25). Nada pode servir de motivo para o cristão deixar de participar do privilégio de pertencer a Igreja e de estar presente em suas reuniões. Nada deve impedir o cristão de estar com Deus e seu povo. O cristão não deve permitir que qualquer obstáculo o impeça de estar na Casa de seu Pai celestial e na companhia de seus irmãos em Cristo.
            Cooperar para o seu crescimento – “Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor” (Efésios 4.15-16). Cada cristão possui uma função no Corpo de Cristo, a Igreja. Ele deve exercer essa função, dar a sua justa cooperação, para que a Igreja seja edificada em amor e cresça bem ajustada e consolidada.
            Proclamar as virtudes de Deus – “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamar as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1 Pedro 2.9). É, igualmente, dever do cristão, em virtude do privilégio de pertencer a Igreja, proclamar as gloriosas qualidades de Deus, seu Salvador. Falar de como o Senhor o tirou das trevas do pecado e da ignorância espiritual, e o levou para sua maravilhosa luz. Testemunhar sobre como seu Salvador o libertou do império das trevas e o transportou para seu Reino de amor.
            Como filhos de Deus, gozamos do privilégio de pertencer à Igreja de Deus. Em virtude de a Igreja ser caracterizada na Escritura como ela é, temos deveres ou responsabilidades. Usufruamos do privilégio, cumpramos nossos deveres.