A
Escritura nos ensina que não cumprimos a Lei de Deus representados em Adão,
nosso representante federal, e que não conseguimos cumprir a Lei de Deus em
nossa própria vida atual; portanto, somos pecadores e estamos condenados à
morte (Romanos 6.23). Ela nos ensina, também, que a Lei de Deus é como um aio
que nos conduz a Cristo, a fim de aprendermos dele como obedecer a Lei. A
Bíblia nos ensina, ainda, que Jesus Cristo cumpriu toda a Lei de Deus, mediante
uma obediência ativa e passiva.
Agora,
a Escritura nos ensina que a justiça de Cristo é atribuída àqueles que creem
nele e, desse modo, somos feitos cumpridores da Lei. Ela diz: “Mas agora, sem
lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas;
justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos e sobre todos os que
creem; porque não há distinção, pois todos pecaram e carecem da glória de Deus,
sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo
Jesus” (Romanos 3.21-24).
A
maneira básica pela qual Jesus cumpre a Lei de Deus por nós é ao justificar-nos
“gratuitamente, por sua graça”. Ele faz isto ao oferecer-nos “a justiça de Deus
mediante a fé”, isto é, a justificação ou o ato de Deus nos declarar justos aos
seus olhos, é recebida quando cremos em Jesus Cristo e em sua obra redentora
(Romanos 5.1).
No
evangelho de Jesus Cristo, a justiça de Deus que se manifestou sem lei, isto é,
no que diz respeito a nós, a justiça de Deus é uma manifestação da sua graça. Essa
é a mesma justiça sobre a qual a Lei fala, isto é, ela é “testemunhada pela
Lei”. Contudo, a justiça é um padrão impossível de ser alcançado na Lei. No
evangelho, entretanto, é um presente gracioso, o qual é oferecido ao homem
morto em seu pecado.
Este
presente de justiça está disponível a todo aquele que crê, a todos que colocam
sua confiança unicamente no Senhor Jesus Cristo como seu Salvador e Senhor.
Este presente, é claro, é gratuito para seus recebedores. Todavia, ele se
tornou disponível a grande custo ao doador. Este presente custou ao Pai seu
único Filho. Este presente custou ao Filho sua própria vida, quando ele pagou o
preço de redenção para comprar-nos do mercado da escravidão do pecado e da
morte.
Cada
ser humano precisa que este preço de redenção seja pago em seu favor. “Porque
não há distinção, pois todos pecaram e carecem da glória de Deus”. Agora, para
todo aquele que crê no Senhor Jesus, a justiça de Deus é imputada a ele, isto
é, é creditada como um presente em sua conta celestial, pois Deus declara como
justo aos seus olhos todo aquele que confia em Jesus Cristo como seu único e
suficiente Salvador e Senhor. Dessa forma, o Senhor Deus nos justifica
“gratuitamente, por sua graça”. O Senhor nos declara justos em virtude do que
ele nos dá “a justiça de Deus mediante a fé” (Efésios 2.8-9).
Sejamos gratos a Deus porque sua
mensagem de justiça não veio somente por meio da Lei, pois, de outra forma,
estaríamos condenados para sempre. Sejamos gratos a Deus por falar-nos de sua justiça
mediante o glorioso evangelho da graça, pois agora somos justos aos seus olhos
por meio da fé em seu Filho Jesus Cristo. Lembremo-nos de que a justiça que
precisamos para a santificação diária também vem de Jesus, mediante esta mesma
graça e do mesmo tipo de confiança. Alegremo-nos com esta boa nova, a boa nova
do evangelho, e exaltemos o nome de Deus por meio de Cristo Jesus, nosso
Senhor.