“Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a
julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo
que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento. Virá, entretanto,
como ladrão, o dia do Senhor, no qual os céus passarão com estrepitoso
estrondo, e os elementos se desfarão abrasados; também a terra e as obras que
nela existem serão atingidas. Visto que essas coisas hão de ser assim
desfeitas, deveis ser tais como os que vivem em santo procedimento e piedade,
esperando e apressando a vinda do Dia de Deus, por causa do qual os céus,
incendiados, serão desfeitos, e os elementos abrasados se derreterão. Nós,
porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais
habita justiça” (2 Pedro 3.9-13).
Em
nossa meditação anterior, consideramos a promessa de Jesus de voltar para
buscar seu povo. O Senhor disse, “E, quando eu for e vos preparar lugar,
voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós
também” (João 14.3). Muitos séculos já passaram, e essa promessa ainda não foi
cumprida. Consequentemente, alguns se sentem inclinados a zombar dessa
promessa. As Escrituras nos têm preparado para esta eventualidade ao nos dar
outra promessa, a saber, “tendo em conta, antes de tudo, que, nos últimos dias,
virão escarnecedores com os seus escárnios, andando segundo as próprias paixões
e dizendo: Onde está a promessa de sua vinda? Porque, desde que os pais
dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação” (2
Pedro 3.3-4). Todavia, nós que cremos nas promessas de Deus, estamos
convencidos de que ele manterá sua palavra e voltará para nos buscar. Quando
ele voltar, ele cumprirá outra promessa também, a promessa da existência de um
novo céu e uma nova terra. Pois está escrito, Nós, porém, segundo a sua
promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça” (2
Pedro 3.13).
Acerca
da demora do Senhor em seu retorno, duas percepções são oferecidas aqui. A
primeira diz respeito à compaixão e paciência de Deus ao conceder mais
oportunidade para as pessoas se arrependerem e não perecerem. Observe o que as
Escrituras dizem: “Ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum
pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento” (2 Pedro 3.9). A segunda
percepção diz respeito à perspectiva de Deus sobre o tempo. Para nosso Senhor
eterno, é como se a promessa de sua volta tenha sido feita apenas dois dias
atrás. Observe, mais uma vez, a declaração da Escritura, “Há, todavia, uma
coisa, amados, que não deveis esquecer: que, para o Senhor, um dia é como mil
anos, e mil anos, como um dia” (2 Pedro 3.8). Ou seja, O Senhor Deus não está
sujeito ao tempo, como nós estamos, pois ele é o Senhor do Tempo.
Entretanto,
algum dia, o Senhor cumprirá sua promessa de voltar para nos buscar. Nesse dia,
virá uma nova e eterna realidade. Por isso a Escritura afirma: “Nós, porém,
segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita
justiça” (2 Pedro 3.13). É prazeroso considerar sobre essa futura realidade,
uma realidade nova e eterna. E isso nos leva a observar as palavras do apóstolo
João, quando ele diz: “Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a
primeira terra passaram, e o mar já não existe. Vi também a cidade santa, a
nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva
adornada para o seu esposo. Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis
o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos
de Deus, e Deus mesmo estará com eles. E lhe enxugará dos olhos toda lágrima, e
a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as
primeiras coisas passaram” (Apocalipse 21.1-4).
Por isso, em humilde oração,
coloquemo-nos diante de nosso amado Deus e expressemos nossa espera ansiosa por
sua volta, nossa alegria e regozijo por aquele lugar que ele está preparando
para nós (um lugar de justiça, alegria e paz), mas, acima de tudo, nossa
gratidão pela habitação antecipada em sua presença agora, e pela habitação em
sua presença visível para todo o sempre.