sábado, 9 de outubro de 2021

Grandes bênçãos mediante o viver pela fé

            “Não abandoneis, portanto, a vossa confiança; ela tem grande galardão. Com efeito, tendes necessidade de perseverança, para que, havendo feito a vontade de Deus, alcanceis a promessa. Porque, ainda dentro de pouco tempo, aquele que vem virá e não tardará; todavia, o meu justo viverá pela fé; e: Se retroceder, nele não se compraz a minha alma. Nós, porém, não somos dos que retrocedem para a perdição; somos, entretanto, da fé, para a conservação da alma” (Hebreus 10.35-39).

            Os versículos supracitados apresentam a terceira ocasião em que o pronunciamento de Habacuque é repetido no Novo Testamento. Habacuque disse: “O justo viverá pela sua fé” (Habacuque 2.4b). Em Romanos 1.17, essa verdade foi ligada ao evangelho de Cristo. Em Gálatas 3.12, ela foi contrastada com o viver sob a lei. Aqui, em Hebreus, essa verdade é vista como o caminho para grandes bênçãos, como a perseverança espiritual, a obediência que agrada a Deus e a segurança pessoal.

            A exortação inicial (v. 35) adverte sobre o abandonar a dependência corajosa no Senhor. A Escritura diz: “Não abandoneis, portanto, a vossa confiança” Hebreus 10.35a). É fornecida a razão da perda da grande bênção, pois está escrito: “ela tem grande galardão” (Hebreus 10.35b). O Senhor nos adverte a confiar nele sem hesitação, desde o início da fé (o dia de nossa conversão) até ao fim de nossa peregrinação. Isto nos torna participantes das bênçãos da graça que são nossas em Cristo; pois a Escritura afirma: “Porque nos temos tornado participantes de Cristo, se, de fato, guardamos firme, até ao fim, a confiança que, desde o princípio, tivemos” (Hebreus 3.14).

            Essas bênçãos incluem a perseverança; como está escrito: “Com efeito, tendes necessidade de perseverança” (Hebreus 10.36a). A vida cristã requer vigor espiritual. A jornada do crescimento, da provação, do serviço e da luta pode se tornar cansativa. Podemos ser tentados à frouxidão, a abandonar a urgência ou ao desânimo. Isto é sempre um pensamento inútil para nós, e ele desagrada ao Senhor. Como diz a Escritura: “Se retroceder, nele não se compraz a minha alma” (Hebreus 10.38b). É somente pela fé que perseveramos na corrida cristã; visto que a Bíblia nos ensina: “Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus” (Hebreus 12.1-2).

            Estas bênçãos da fé incluem, igualmente, obediência e segurança. Observe o que o texto bíblico diz: “Com efeito, tendes necessidade de perseverança, para que, havendo feito a vontade de Deus, alcanceis a promessa” (Hebreus 10.36). Visto que andamos pela fé, somos capacitados a fazer a vontade de Deus. Andar em obediência com Cristo produz segurança de que, algum dia, estaremos na presença do Senhor. Pois está escrito: Porque, ainda dentro de pouco tempo, aquele que vem virá e não tardará” (Hebreus 10.37). Enquanto isso, pela fé, a segurança cresce para que não estejamos entre aqueles cuja profissão de fé prova ser inútil. Esse é o testemunho da Escritura, que diz: “O meu justo viverá pela fé. [...] Nós, porém, não somos dos que retrocedem para a perdição; somos, entretanto, da fé, para a conservação da alma” (Hebreus 10.38-39).

            Portanto, diante de nosso Pai celestial, em oração, reconheçamos nossa necessidade de perseverança; expressemos nosso desejo de agradá-lo mediante a obediência e nosso anseio de andar em mais segurança; o louvemos por termos tudo isso em Cristo, pela fé.