terça-feira, 29 de maio de 2018

Obediência sob a nova aliança da graça


            Escrevendo aos cristãos de Roma, o apóstolo Paulo, sob inspiração divina, disse: “Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça” (Romanos 6.14).
            A obediência é um assunto vital para todo cristão. Por toda a Escritura vemos que o desejo de Deus é que seus filhos andem em obediência. Moisés escreveu acerca desta verdade, dizendo: “Portanto, obedecerás à voz do Senhor, teu Deus, e lhe cumprirás os mandamentos e os estatutos que hoje te ordeno” (Deuteronômio 27.10). Samuel confirmou a mesma verdade, dizendo: “Tem, porventura, o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, melhor do que a gordura de carneiros” (1 Samuel 15.22). De igual modo, o apóstolo Pedro declarou o modo como os filhos de Deus devem viver, a saber, “Como filhos da obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância” (1 Pedro 1.14).
            Nossas vidas devem estar debaixo do governo (domínio) da vontade de Deus revelada em sua Palavra. Quando somos desobedientes à vontade de Deus, o pecado domina nossas vidas. O Senhor Deus certamente deseja que caiamos fora do domínio do pecado para vivermos obedientemente. O único caminho para esta libertação é a graça de Deus. Observe as palavras do nosso texto, “Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo d alei, e sim da graça” (Romanos 6.14). Os homens talvez pensem que a lei pode livrá-los da influência dominante do pecado. Se tivéssemos leis com padrões radicais e consequências severas, certamente as pessoas não continuariam pecando, dizem. Com certeza essa abordagem não funciona. Nenhum padrão moral é tão alto como a santa lei de Deus. Nenhuma consequência é mais severa que a violação da lei de Deus; todavia, os homens ainda estão dominados pelo pecado. A graça é o remédio de Deus.
            Uma compreensão reacionária pode ser desenvolvida contra o remédio libertador da graça de Deus. Algumas pessoas podem pensar que proclamar a graça como a solução somente encorajará as pessoas a pecarem ainda mais e erroneamente admitir que isto liberará mais graça. Quanto mais pecar mais desfruto da graça, dizem. O contrário é de fato verdadeiro. Quando o filho de Deus recebe a maravilho do que sua graça provê (um resgate eficaz do pecado por meio de nossa identificação com a morte e ressurreição de Cristo), ele vê a estupidez de continuar no pecado. Leia atentamente o que a Escritura afirma: “Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante? De modo nenhum! Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos? Ou, porventura, ignorais que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida” (Romanos 6.1-4). Por meio da graça de Deus em ação, crescer nesta nova vida significa crescer em obediência.
            Por isso, em oração ao Deus da graça libertadora, expressemos nosso desejo de crescer em obediência e nosso desejo de sermos progressivamente libertos da influência do pecado; reconheçamos que nossos melhores esforços para sermos santos não são suficientes; e supliquemos que nos fortaleça por sua graça para andarmos segundo a sua vontade.