Dediquemos
um pouco mais de tempo refletindo sobre essa gloriosa promessa. Leiamos
novamente as palavras do Senhor Jesus. Ele disse: “Também eu te digo que tu és
Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não
prevalecerão contra ela” (Mateus 16.18). Observe especialmente as palavras “eu
edificarei a minha igreja”.
Essa promessa tem enormes implicações para cada
seguidor de Jesus Cristo, pois ele disse, “Eu edificarei a minha igreja”. Cada
uma dessas palavras, nessa breve declaração, revela uma verdade essencial da
vida e do serviço cristãos.
Primeiro, essa promessa revela quem edificará a
igreja. A Escritura diz, “Eu (Jesus) edificarei a minha igreja”. Jesus é o
construtor da igreja, não o homem. Ele deseja usar-nos no processo, mas ele é o
construtor. O apóstolo Paulo entendeu esse arranjo. Ele disse: “Segundo a graça
de Deus que me foi dada, lancei o fundamento como prudente construtor; e outro
edifica sobre ele” (1 Coríntios 3.10). Pela graça de Deus, Paulo serviu ao
Senhor. Enquanto ele estava proclamando a Cristo, o Senhor o estava usando para
lançar o fundamento (Cristo) nas vidas que estavam sendo salvas e nas igrejas
que estavam sendo iniciadas.
Segundo,
Jesus Cristo promete revelar a certeza de sua igreja sendo edificada. A
Escritura afirma, “Eu edificarei (sem dúvida) edificarei a minha igreja”. Não
há lugar para a dúvida. Jesus fará o que está prometendo. A única questão para
nós é se estaremos ou não disponíveis para participar desse maravilhoso
processo. O Senhor deseja tornar-nos úteis para sua obra, pois a Escritura diz,
“Assim, pois, se alguém a si mesmo se purificar destes erros, será utensílio
para honra, santificado e útil ao seu possuidor, estando preparado para toda
boa obra” (2 Timóteo 2.21).
Terceiro,
essa promessa indica o modo pelo qual o senhor deseja trabalhar. A Escritura
diz, “Eu edificarei (construirei) a minha igreja”. Como qualquer projeto de
construção, existem aspectos quantitativos e qualitativos. O Senhor salva
almas, adicionando-as a sua igreja em um crescente quantitativo. Como está
escrito, “Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam
sendo salvos” (Atos 2.47). O Senhor também enriquece aqueles que ele salva,
trazendo desenvolvimento qualitativo para sua igreja. Como dizem as Escrituras,
“Com grande poder, os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor
Jesus, e em todos eles havia abundante graça” (Atos 4.33).
Quarto,
sua promessa esclarece a questão de propriedade. A Escritura afirma, “Eu
edificarei a minha igreja”. A igreja não pertence ao Pastor, ao Conselho da
igreja, ou ao Presbitério ou denominação ao qual está filiada. Ela pertence a
Jesus, Ela é de Jesus. Ele pagou o preço de seu resgate; ele pagou o preço de
nossa redenção, como está escrito, “Atendei por vós e por todo o rebanho sobre
o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de
Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue” (Atos 20.28).
Quinto,
essa promessa especifica com precisão o que Jesus está edificando. A Escritura
diz, “Eu edificarei a minha igreja (meu povo)”. A igreja não é uma construção,
um prédio. Essa palavra “igreja”, fala literalmente de um povo chamado para
fora”. Como está escrito, “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação
santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes
daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; vós, sim, que,
antes não éreis povo, mas, agora, sois povo de Deus, que não tínheis alcançado
misericórdia, mas, agora, alcançastes misericórdia” (1 Pedro 2.9-10).
Por isso, coloquemo-nos em oração
diante de nosso amado Senhor Jesus Cristo, louvando-o por ser o construtor da
igreja; descansando na certeza de que sua obra será completada, tanto
quantitativa quanto qualitativamente; compreendendo que a igreja, seu povo
redimido, pertence exclusivamente a ele; e humildemente suplicando que nos
capacite e nos use como instrumentos para cumprir essa grande promessa.