segunda-feira, 25 de março de 2019

Nosso Deus de promessas


            “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gênesis 3.15).
            Ainda que as Escrituras não nos ordenem a fazer promessas a Deus, nós, que cremos no Senhor, temos a liberdade de fazer vários tipos de promessas. É permitido expressar nossa devoção a Deus por meio de promessas se forem dependentes do caráter e da capacidade do próprio Deus. Como fez o salmista: “Eu te amo, ó Senhor, força minha” (Salmo 18.1). Também é aceitável fazer confissões piedosas por meio de promessas que são baseadas nas promessas de Deus. Como o autor da carta aos Hebreus fez: “Porque ele tem dito: De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei. Assim, afirmemos confiantemente: O Senhor é o meu auxílio, não temerei; que me poderá fazer o homem?” (Hebreus 13.5-6).
            Temos a permissão de até mesmo fazer promessas preditivas acerca de detalhes de nossas vidas diárias, se elas estiverem sujeitas à vontade de Deus. Como lemos em Tiago: “Em vez disso, devíeis dizer: Se o Senhor quiser, não só viveremos, como também faremos isto ou aquilo” (Tiago 4.15). De fato, nosso Deus é, de modo característico, um Deus de promessas.
            O fato de que nosso Deus tipicamente trabalha por meio de promessas é visto logo no terceiro capítulo do primeiro livro da Bíblia, Gênesis 3. Ali, Deus faz um conjunto de promessas estratégicas. Ele diz à serpente: “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar”. Essas promessas proféticas foram dirigidas a Satanás, representado pela serpente, mas elas foram dadas aos ouvidos de Adão e Eva. Sem dúvida, elas foram registradas nas Escrituras para que todos a considerem.
            Essas promessas revelam algumas das consequências da rebelião espiritual, assim como também anunciam o remédio de Deus para o pecado do ser humano. As palavras: “Porei inimizade entre ti (serpente/Satanás) e a mulher (humanidade), entre a tua descendência (de Satanás) e o seu descendente (da mulher, Jesus Cristo)”, declaram a inevitabilidade da guerra espiritual, bem como a certeza da cruz de Cristo.
            A inevitabilidade da guerra espiritual é um dos principais temas nas Escrituras. Essa guerra encontra-se documentada por toda a Palavra de Deus. Por exemplo: “Então, Satanás se levantou contra Israel e incitou a Davi a levantar o censo de Israel” (1 Crônicas 21.1); “Então, disse Pedro: Ananias, por que encheu Satanás teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, reservando parte do valor do campo?” (Atos 5.3); “E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra, e, com ele, os seus anjos” (Apocalipse 12.9). No entanto, a cruz de Cristo proveu a vitória sobre o inimigo e a fuga deste mundo pecaminoso para todos que a abraçarem; como está escrito: “Graça a vós outros e paz, da parte de deus, nosso Pai, e do nosso Senhor Jesus Cristo, o qual se entregou a si mesmo pelos nossos pecados, para nos desarraigar deste mundo perverso, segundo a vontade de nosso Deus e Pai” (Gálatas 1.3-4).
            Por isso, em oração ao Deus de promessas, supliquemos que ele nos capacite a fazer de nossas promessas uma questão periférica em nossos pensamentos e vida; e que, de modo contrário, faça as suas promessas serem centrais e fundamentais em nossos pensamentos e vida, especialmente aquelas promessas que dizem respeito à cruz de Jesus, nosso Senhor.