segunda-feira, 1 de junho de 2015

Humildade e Graça

               O Espírito Santo nos exorta por meio de Pedro, di­zendo: “Rogo igualmente aos jovens: sede submissos aos que são mais velhos; outrossim, no trato de uns para com os outros, cingi-vos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, contudo, aos humildes concede a sua graça” (1 Pedro 5.5).
Consideramos, na meditação anterior, que, se es­tamos crescendo na graça, a humildade e a fé devem ser desenvolvidas dentro de nossa vida Reconsideremos, agora, cada uma delas, atentando primeiro para a humildade. A Escritura afirma: “Deus resiste aos soberbos, contudo, aos humildes concede a sua graça” (1 Pedro 5.5).
A soberba lidera a lista de coisas que Deus despre­za, pois a Escritura diz: “Seis coisas o Senhor aborrece, e a sétima a sua alma abomina: olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente” (Provérbios 6.16-17). Deus quer que nossas vidas sejam edificadas; a soberba é destrutiva: “A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito, a queda” (Provérbios 16.18). O Senhor deseja que seu povo seja estabelecido na verdade; a soberba é enganadora: “A soberba do teu coração te enganou, ó tu que habitas nas fendas das rochas, na tua morada e dizes no teu coração: Quem me deitará por terra?” (Obadias 3). É da vontade de Deus que cresçamos nas coisas que são honrosas; a soberba traz desgraça: “Em vindo a soberba, sobrevêm a desonra, mas com os humildes está a sabedoria” (Provérbios 11.2). Nosso Senhor não quer que seu nome seja desonrado, nem que nossas vidas sejam destruídas pela soberba.
Por outro lado, a humildade é uma característica que Deus tem prazer em desenvolver em nós. Isto pode ser observado pelos termos que Deus usa em sua Palavra quan­do trata da humildade. “Melhor é ser humilde de espírito com os humildes, do que repartir o despojo com os soberbos” (Provérbios 16.19). O Senhor revela que se encontra em melhor situação a pessoa que é humilde e que se associa com pessoas modestas, do que a pessoa que participa da prosperidade que o arrogante pode acumular.
O Senhor também diz: “Bem-aventurados os humil­des de espírito, porque deles é o reino dos céus” (Mateus 5.3). É-nos dito, aqui, que a humildade é uma bem-aventurança, porque o governo do reino espiritual e as provi­sões de Deus são dados ao humilde.
Em outro lugar, Deus revela: “Porque assim diz o Alto, o Sublime, que habita a eternidade, o qual tem o nome de Santo: Habito no alto e santo lugar, mas habito também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e vivificar o coração dos contritos” (Isaías 57.15). Embora nosso Senhor seja mais plenamente revelado em sua habitação celestial, no alto ele também habita com o humilde e contrito na terra, em baixo, a fim de trazer-lhes revitalização espiritual.
Certamente não somos capazes de produzir humil­dade por nós mesmos. Ela é uma realidade relacional. Ela é resultado de se conhecer ao Senhor. Isaías descobriu isso: “Eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de suas vestes enchiam o templo. ... Então, disse eu: ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impu­ros, habito no meio de um poso de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos!” (Isaías 6.1 e 5). Quando o Senhor foi revelado em toda a sua glória, Isaías respondeu em profunda humildade. Isto pode acontecer em nossa vida, quando nos entregamos à leitura bíblica procu­rando um relacionamento mais profundo com o Senhor. Quando o Senhor for revelado a nós de modo mais profundo, nossa resposta será mais humildade.
Arrependamo-nos, diante do Deus Altíssimo, pelas muitas vezes em que exibimos uma desprezível atitude de soberba. Roguemos ao Senhor que nos ensine a desprezar a soberba como ele o faz, que mova nosso coração a apreciar cada vez mais a humildade e que nos revista com a humilda­de que caracterizou nosso Salvador, Jesus Cristo.