“Mostra as maravilhas da tua bondade, ó Salvador dos que à tua destra buscam refúgio dos que se levantam contra eles” (Salmo 17.7). “Continua a tua benignidade aos que te conhecem, e a tua justiça, aos retos de coração” (Salmo 36.10). “Porque a tua graça é melhor do que a vida; os meus lábios te louvam” (Salmo 63.3). “Faze-me ouvir, pela manhã, da tua graça, pois em ti confio; mostra-me o caminho por onde devo andar, porque a ti elevo a minha alma” (Salmo 143.8).
Existem muitas razões para que Davi
seja um maravilhoso exemplo sobre como o povo de Deus do Antigo Testamento
vivia pela graça de Deus. Anteriormente, vimos que Davi confessou o senhor como
sua força e como seu refúgio. Usando suas próprias palavras: “O Senhor é a
minha luz e a minha salvação; de quem terei medo? O Senhor é a fortaleza da
minha vida; a quem temerei?” (Salmo 27.1). “Confiai nele, ó povo, em todo
tempo; derramai perante ele o vosso coração; Deus é o nosso refúgio” (Salmo
62.8).
Bondade é um termo do Antigo Testamento que
está intimamente relacionado ao termo graça do Novo Testamento. Esse termo fala
do amor zeloso, leal e constante de Deus para com seu povo. Esse termo inclui a
verdade de que Deus é misericordioso (isto é, ele providencia um meio de reter
ou retardar o julgamento que nossos pecados merecem). Todavia, esse termo vai
além desse aspecto maravilhoso. Bondade também inclui benignidade (isto é, seu
compromisso de fazer coisas boas em favor de seus filhos, dia a dia, suprindo
todas as necessidades de nossa vida).
Na frequente referência de Davi a
esse termo e em sua confiança na bondade de Deus, encontramos muito
discernimento sobre o significado desse termo, e muita apreciação por ele.
Observe atentamente o que ele diz: “Mostra as maravilhas da tua bondade” (Salmo
17.7a). Davi tinha um profundo desejo de que o Senhor demonstrasse as
maravilhosas realidades de sua bondade por meio de seu andar diário. Ele sabia
que a bondade do Senhor era o que realmente fazia da vida o que Deus pretendia
que ela fosse. “Porque a tua graça é melhor do que a vida; os meus lábios te
louvam” (Salmo 63.3). Davi louvava a Deus por sua fiel bondade para com ele, a
qual era muito melhor e ia muito mais além, simplesmente por desfrutar das
coisas naturais que a vida oferece a todos que vivem. O Senhor é bom para com
todos os que vivem nesta terra. Como está escrito: “porque ele faz nascer o seu
sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos” (Mateus 5.45).
Contudo, sua bondade é mostrada para com aqueles que possuem um relacionamento
verdadeiro com ele pela fé. Davi desejava esta bondade como seu suprimento
contínuo. Ele diz: “Continua a tua benignidade aos que te conhecem, e a tua
justiça, aos retos de coração” (Salmo 36.10).
Davi busca ao Senhor para que este
opere sua bondade, desde o amanhecer e por todo o dia; como ele mesmo declara:
“Faze-me ouvir, pela manhã, da tua graça, pois em ti confio; mostra-me o
caminho por onde devo andar, porque a ti elevo a minha alma” (Salmo 143.8). A
medida que o Senhor derramava seu amor leal e contínuo, Davi dava glória a Deus
no meio de seu povo; como ele mesmo diz: Não ocultei no coração a tua justiça;
proclamei a tua fidelidade e a tua salvação; não escondi da grande congregação
a tua graça e a tua verdade” (Salmo 40.10).