Continuando a meditar sobre a humildade e a
graça de Deus, observemos o que o Espírito Santo diz por meio do apóstolo
Pedro: “Rogo igualmente aos jovens: sede submissos aos que são mais velhos;
outrossim, no trato de uns para com os outros, cingi-vos todos de humildade,
porque Deus resiste aos soberbos, contudo, aos humildes concede a sua graça” (1
Pedro 5.5). E o que o próprio Senhor Jesus disse: “Quem a si mesmo se exaltar
será humilhado; e quem a si mesmo se humilhar será exaltado” (Mateus 23.12).
O Senhor deseja que a humildade seja a vestimenta espiritual que adorna
nosso caráter. Ele diz: “Cingi-vos todo de humildade”. Isto é de crucial
importância, visto que “Deus resiste aos soberbos, contudo, aos humildes
concede a sua graça”. Não podemos viver pela graça a menos que estejamos
dispostos a andar em humildade. Qualquer outra atitude é alguma forma de
orgulho, o que sempre enfrenta resistência da parte de Deus. Estes são
absolutos que toda pessoa deve enfrentar. “Quem a si mesmo se exaltar será
humilhado; e quem a si mesmo se humilhar será exaltado” (Mateus 23.12). As
Escrituras descrevem várias pessoas que experimentaram estas verdades.
Nabucodonosor exaltou-se a si mesmo. Ele disse: “Não é esta a grande Babilônia
que eu edifiquei para a casa real, com o meu grandioso poder e para a glória da
minha majestade?” (Daniel 4.30). Deus se opôs a esta autoexaltação fazendo o
rei ir para os campos comer capim como um animal. Finalmente, este rei banido
olhou para o céu e o Senhor o restaurou ao trono. Então exaltando ao verdadeiro
Rei, Nabucodonosor proclamou a grande lição que aprendera: “Agora, pois, eu,
Nabucodonosor, louvo, exalço e glorifico ao Rei do céu, porque todas as suas
obras são verdadeiras, e os seus caminhos, justos, e pode humilhar aos que
andam na soberba” (Daniel 4.37).
Manasses, durante seu reinado em Jerusalém, também
exaltou-se a si mesmo. Ele fez isso de uma maneira muito perversa, contaminando
o templo de Deus com idolatria. A Escritura registra: “Também edificou altares
a todo o exército dos céus nos dois átrios da Casa do Senhor, queimou seus
filhos como oferta no vale de Minom, adivinhava pelas nuvens, era agoureiro,
praticava feitiçarias, tratava com necromantes e feiticeiros e prosseguiu em
fazer o que era mau perante o Senhor, para o provocar à ira. Também pôs a
imagem de escultura do ídolo que tinha feito na Casa de Deus, de que Deus
dissera a Davi e a Salomão, seu filho: Nesta casa e em Jerusalém, que escolhi
de todas as tribos de Israel, porei o meu nome para sempre” (2 Crônicas
33.5-7). Ao fazer isso, ele induziu o povo de Deus a inúmeras abominações. “Manasses
fez errar a Judá e os moradores de Jerusalém, de maneira que fizeram pior do
que as nações que o Senhor tinha destruído de diante dos filhos de Israel” (2
Crônicas 33.9). Como consequência desta arrogante rebelião, o Senhor entregou
Manasses nas mãos da Babilônia como cativo. Então, ele se humilhou diante de
Deus. Apesar da arrogante desobediência do rei, o Senhor ouviu sua oração e o
restaurou ao trono. Lemos a esse respeito: “Ele, angustiado, suplicou deveras
ao Senhor, seu Deus, e muito se humilhou perante o Deus de seus pais; fez-lhe
oração, e Deus se tomou favorável para com ele, atendeu-lhe a súplica e o fez
voltar para Jerusalém, ao seu reino; então, reconheceu Manasses que o Senhor
era Deus” (2 Crônicas 33.12-13).
Isto é
verdade: todo aquele que exaltar-se em orgulho será abatido. De modo inverso,
qualquer pessoa que caminha em humildade será elevado para libertação e bênção.Por isso, coloquemo-nos diante do Deus do céu e da terra, conscientes das vezes em que nos comportamos orgulhosa e arrogantemente como esses dois reis, e de como o orgulho tem levado nossa vida à escravidão e à frustração. Humilhemo-nos diante de nosso gracioso Deus, rogando que ele derrame sua graça sobre nós, tal como fez com esses reis.