domingo, 7 de junho de 2015

Mais Sobre Humildade e Graça



          Continuando a meditar sobre a humildade e a graça de Deus, observemos o que o Espírito Santo diz por meio do apóstolo Pedro: “Rogo igualmente aos jovens: sede submis­sos aos que são mais velhos; outrossim, no trato de uns para com os outros, cingi-vos todos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, contudo, aos humildes concede a sua graça” (1 Pedro 5.5). E o que o próprio Senhor Jesus disse: “Quem a si mesmo se exaltar será humilhado; e quem a si mesmo se humilhar será exaltado” (Mateus 23.12).
          O Senhor deseja que a humildade seja a vestimenta espiritual que adorna nosso caráter. Ele diz: “Cingi-vos todo de humildade”. Isto é de crucial importância, visto que “Deus resiste aos soberbos, contudo, aos humildes concede a sua graça”. Não podemos viver pela graça a menos que esteja­mos dispostos a andar em humildade. Qualquer outra atitude é alguma forma de orgulho, o que sempre enfrenta resistência da parte de Deus. Estes são absolutos que toda pessoa deve enfrentar. “Quem a si mesmo se exaltar será humilhado; e quem a si mesmo se humilhar será exaltado” (Mateus 23.12). As Escrituras descrevem várias pessoas que experimentaram estas verdades.
          Nabucodonosor exaltou-se a si mesmo. Ele disse: “Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a casa real, com o meu grandioso poder e para a glória da minha majestade?” (Daniel 4.30). Deus se opôs a esta autoexaltação fazendo o rei ir para os campos comer capim como um animal. Finalmente, este rei banido olhou para o céu e o Senhor o restaurou ao trono. Então exaltando ao verdadeiro Rei, Nabucodonosor proclamou a grande lição que aprende­ra: “Agora, pois, eu, Nabucodonosor, louvo, exalço e glorifico ao Rei do céu, porque todas as suas obras são verdadeiras, e os seus caminhos, justos, e pode humilhar aos que andam na soberba” (Daniel 4.37).
          Manasses, durante seu reinado em Jerusalém, também exaltou-se a si mesmo. Ele fez isso de uma maneira muito perversa, contaminando o templo de Deus com idolatria. A Escritura registra: “Também edificou altares a todo o exército dos céus nos dois átrios da Casa do Senhor, quei­mou seus filhos como oferta no vale de Minom, adivinhava pelas nuvens, era agoureiro, praticava feitiçarias, tratava com necromantes e feiticeiros e prosseguiu em fazer o que era mau perante o Senhor, para o provocar à ira. Também pôs a imagem de escultura do ídolo que tinha feito na Casa de Deus, de que Deus dissera a Davi e a Salomão, seu filho: Nesta casa e em Jerusalém, que escolhi de todas as tribos de Israel, porei o meu nome para sempre” (2 Crônicas 33.5-7). Ao fazer isso, ele induziu o povo de Deus a inúmeras abomi­nações. “Manasses fez errar a Judá e os moradores de Jeru­salém, de maneira que fizeram pior do que as nações que o Senhor tinha destruído de diante dos filhos de Israel” (2 Crô­nicas 33.9). Como consequência desta arrogante rebelião, o Senhor entregou Manasses nas mãos da Babilônia como cativo. Então, ele se humilhou diante de Deus. Apesar da arrogante desobediência do rei, o Senhor ouviu sua oração e o restaurou ao trono. Lemos a esse respeito: “Ele, angustia­do, suplicou deveras ao Senhor, seu Deus, e muito se humi­lhou perante o Deus de seus pais; fez-lhe oração, e Deus se tomou favorável para com ele, atendeu-lhe a súplica e o fez voltar para Jerusalém, ao seu reino; então, reconheceu Ma­nasses que o Senhor era Deus” (2 Crônicas 33.12-13). Isto é verdade: todo aquele que exaltar-se em orgu­lho será abatido. De modo inverso, qualquer pessoa que caminha em humildade será elevado para libertação e bênção.
          Por isso, coloquemo-nos diante do Deus do céu e da terra, conscientes das vezes em que nos comportamos orgu­lhosa e arrogantemente como esses dois reis, e de como o orgulho tem levado nossa vida à escravidão e à frustração. Humilhemo-nos diante de nosso gracioso Deus, rogando que ele derrame sua graça sobre nós, tal como fez com esses reis.