“Excelso é o Senhor, acima de todas as nações, e a sua glória, acima dos céus. Quem há semelhante ao senhor, nosso Deus, cujo trono está nas alturas, que se inclina para ver o que se passa no céu e sobre a terra? Ele ergue do pó o desvalido e do monturo, o necessitado, para o assentar ao lado dos príncipes, sim, com os príncipes do seu povo” (Salmo 113.4-8).
Em nossa meditação anterior,
consideramos a exaltação e a sublimidade do Senhor juntamente com seu interesse
na humildade do homem. Consideramos o texto de Isaías 57.15, que diz: “Porque
assim diz o Alto, o Sublime, que habita a eternidade, o qual tem o nome de
Santo: Habito no alto e santo lugar, mas habito também com o contrito e abatido
de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e vivificar o coração dos
contritos.” Nos versículos de nossa presente meditação, veremos novamente o
desejo do Senhor de habitar com o humilde e contrito.
Nosso grade e sublime Deus habita no
céu dos céus, governando sobre todas as nações do mundo. Essa é a primeira
afirmação de nosso texto, a saber, “Excelso é o Senhor, acima de todas as
nações” (Salmo 113.4a). Sua glória é muito mais majestosa e sublime que as
galáxias, de modo que ele paira sobre todo o céu de estrelas; como está
escrito: “E a sua glória, acima dos céus” (Salmo 113.4b). Não há ninguém em
todo o universo que possa ser comparado a ele; como o salmista expressa, “Quem
há semelhante ao Senhor, nosso deus, cujo trono está nas alturas, que se inclina
para ver o que se passa no céu e sobre a terra?” (Salmo 113.5-6). Entretanto,
embora ele habite nos domínios mais altos da existência com justiça, ele está
disposto a considerar nosso estado humilde e a envolver-se nos assuntos da
humanidade; pois a Escritura também afirma: “se inclina para ver o que se passa
no céu e sobre a terra” (Salmo 113.6).
A partir de sua alta e sublime
posição, o senhor observa a família do homem. Ele não está olhando para o
orgulhoso e arrogante. Ele está olhando para o humilde e contrito. Observe
atentamente a declaração da Escritura: “O Senhor é excelso, contudo, atenta
para os humildes; os soberbos, ele os conhece de longe” (Salmo 138.6). Embora
nosso Deus seja o criador de todo o universo, ele olha para a falência espiritual
e para aqueles cujo coração está oprimido. Como está escrito: “Porque a minha
mão fez todas estas coisas, e todas vieram a existir, diz o Senhor, mas o homem
para quem olharei é este: o aflito e abatido de espírito e que treme da minha
palavra” (Isaías 66.2). Esta última frase fornece a característica chave
daqueles que são verdadeiramente humildes e contritos. Eles respondem com reverência
quando ouvem a Palavra de Deus.
O que o Senhor excelso e sublime
deseja fazer com o humilde e contrito? Ele deseja trazer restauração
espiritual; como diz o salmista: “Se ando em meio à tribulação, tu me refazes a
vida” (Salmo 138.7). Nosso grande Deus é um Deus de compaixão. Ele deseja
restaurar o coração oprimido, visto que a Escritura diz: “Perto está o Senhor
dos que têm o coração quebrantado e salvo os de espírito oprimido” (Salmo
34.18); e “O Senhor edifica Jerusalém e congrega os disperso de Israel; sara os
de coração quebrantado e lhes pensa as feridas” (Salmo 147.2-3). Nosso poderoso
e compassivo Senhor “ergue do pó o desvalido e do monturo, o necessitado, para
o assentar ao lado dos príncipes, sim, com os príncipes do seu povo” (Salmo
113.7-8).