domingo, 7 de dezembro de 2014

Lei e Graça, Antiga Aliança e Nova Aliança

            Lei e graça, Antiga e Nova Alianças, duas verdades preciosas da Escritura. Elas podem, à primeira vista, parecer antagônicas e contraditórias, contudo não são. Antes, completam-se de modo maravilhoso.
Três porções da Escritura devem ser trazidas à memória. Em Deuteronômio 9.11 lemos: “Ao fim dos quarenta dias e quarenta noites, o Senhor me deu as duas tábuas de pedra, as tábuas da aliança”. O apóstolo João registra: “Porque a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo” (João 1.17). E Lucas, ao registrar a instituição da Santa Ceia diz: “Semelhantemente, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: ‘Este é o cálice da nova aliança no meu sangue derramado em favor de vós’ ” (Lucas 22.20).
            Em nossas meditações acerca da Lei e da graça, também temos considerado (embora ainda que não mencionando) as principais características da Antiga Aliança e da Nova Aliança. Quando o Senhor escreveu a mensagem de sua Lei sobre duas tábuas de pedra e as deu a Moisés, ele fixou os termos da Antiga Aliança. Esse é o ensino encontrado em Deuteronômio: “O Senhor me deu as duas tábuas de pedra, as tábuas da aliança”. Quando Jesus veio ao mundo para morrer sobre a cruz, o Senhor estabeleceu uma Nova Aliança. Esse é o ensino encontrado em Lucas: “Este é o cálice da nova aliança no meu sangue”.
            Estas duas alianças, da Lei e da graça, apresentam um dos temas mais contrastantes na Palavra de Deus. “Porque a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo”. Compreender as diferenças entre estas duas alianças é da maior importância para se viver a vida cristã como Deus a propõe.
            A Lei de Deus nos revela que ele quer que a santidade caracterize nosso modo de vida. Somente a graça de Deus pode produzir tal justiça e santidade em nossa vida. A Lei de Deus nos revela que ele deseja que um amor semelhante ao de Cristo permeie nossas atitudes e relacionamentos. Somente a graça de Deus pode desenvolver este amor em nós. A Lei de Deus nos revela que ele deseja que as perfeições do Pai germinem e cresçam em nós. Somente a graça de Deus é suficiente para executar este processo de transformação.
            A Lei de Deus é o “O que?”; a graça de Deus é o “Como”. A Lei de Deus revela o pecado; a graça de Deus traz o perdão para o pecado. A Lei de Deus indica o problema do homem; a graça de Deus provê o remédio de Deus para esse problema. A Lei de Deus exige realização por parte do homem; a graça de Deus oferece a provisão gratuita de Deus.
            A Lei de Deus é o padrão; a graça de Deus é o modo. A lei de Deus é a vara de medida espiritual que avalia a vida; a graça de Deus é o nutriente que produz a vida espiritual. A Lei de Deus nos revela o caráter de Deus; a graça de Deus reproduz este caráter em nós. A Lei de Deus é o efeito que Deus deseja ver; a graça de Deus é a causa que gera este efeito.
            Clamemos ao Deus da verdade, para que ele nos ajude a distinguir corretamente a sua verdade; para que ele ilumine nosso entendimento espiritual, a fim de compreendermos cada vez mais as diferenças entre a Lei e a graça; para que ele nos mostre as implicações da Antiga e da Nova Alianças; e para que sua Palavra nos impressione com a grande importância dessas questões. Rendamos graças ao Senhor, nosso Deus, por sua paciência para conosco, em virtude de nossa negligência ou confusão sobre esse assunto. Estabeleçamos, honestamente, o propósito de viver uma vida justa e santa, e de aprender o caminho da humilde dependência da gloriosa graça de Deus, por meio de Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador.