Tendo
sido desafiados e encorajados a experimentar a bondade de Deus, devemos olhar
para o Senhor Jesus, e observar como ele experimentou a bondade do Pai. Para
isso, leiamos duas passagens no Evangelho de João: “Não crês que eu estou no
Pai e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo por mim
mesmo; mas o Pai, que permanece em mim, faz as suas obras” (João 14.10). “Assim
como o Pai, que vive, me enviou, e igualmente eu vivo pelo Pai, também quem de
mim se alimenta por mim viverá” (João 6.57).
Devemos
viver mediante a confiança na bondade do Senhor Deus; como diz as Escrituras:
“Oh! Provai e vede que o Senhor é bom; bem-aventurado o homem que nele se
refugia” (Salmo 34.8). Jesus é o exemplo perfeito da vida por esta confiança.
Quando pensamos em ser como Jesus (ou perguntamos: O que Jesus faria?), a
perspectiva bíblica é muito mais profunda que a opinião prevalecente pode
fornecer.
Jesus
viveu em dependência no relacionamento íntimo que tinha com o Pai. Observe o
que ele diz: “Não crês que eu estou no Pai e que o Pai está em mim?” (João
14.10). Quando Jesus falava ou agia, não o fazia por iniciativa própria ou
mediante seus próprios recursos. Novamente observe: “As palavras que eu vos
digo não as digo por mim mesmo; as o Pai, que permanece em mim, faz as suas
obras” (João 14.10). Embora Jesus fosse Deus vindo à terra como homem, ele não
viveu mediante o exercício de sua divindade. A Escritura afirma: “Pois ele,
subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus;
antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em
semelhança de homens” (Filipenses 2.6-7). Jesus viveu como um servo humano
dependente, que confia no Pai para agir nele e por seu intermédio. Os profetas
do Antigo Testamento predisseram esse modo de agir quando eles registraram as
confissões do Messias acerca de seu ministério na terra, dizendo: “Mas agora
diz o Senhor, que me formou desde o ventre para ser seu servo, para que torne a
trazer Jacó e para reunir Israel a ele, porque eu sou glorificado perante o
Senhor, e o meu Deus é a minha força” (Isaías 49.5); e “Porque o Senhor Deus me
ajudou, pelo que não me senti envergonhado; por isso, fiz o meu rosto como um
seixo e sei que não serei envergonhado” (Isaías 50.7). Jesus dependia do Pai.
Jesus,
consequentemente, aplicou esse tipo de relacionamento de dependência a nós. A
estrutura de seu ensino foi: “Assim como... assim também” Assim como era o
relacionamento entre Jesus e o Pai, assim também deve ser o relacionamento
entre Jesus e nós. Jesus viveu sua vida mediante a dependência do Pai. Sem
deixar de ser Deus, ele viveu como um homem, mostrando-nos como o homem deve
viver. Observe suas palavras: “Assim como o Pai, que vive, me enviou, e eu igualmente
vivo pelo Pai, também quem de mim se alimenta por mim viverá” (João 6.57).
Jesus viveu confiando no Pai para agir nele e por meio dele. Nós devemos
confiar em Jesus para fazer o mesmo em e através de nós. Jesus ensinou que
alimentar-se dele envolve confiar nele: “Quem de mim se alimenta por mim
viverá”. Ele disse: “Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e
o que crê em mim jamais terá sede” (João 6.35).
Por isso, colocando-nos de joelhos
diante de nosso Senhor, nossa esperança e força, desejemos viver em verdadeira
semelhança a Cristo: encarando a vida como ele o fez; desejando aprender a
viver em dependência dele, assim como ele depende do Pai.