“Assim diz o Senhor: Maldito o homem que confia no homem, faz da carne mortal o seu braço e aparta o seu coração do Senhor. Porque será como o arbusto solitário no deserto e não verá quando vier o bem; antes, morará nos lugares secos do deserto, na terra salgada e inabitável. Bendito o homem que confia no Senhor e cuja esperança é o Senhor. Porque ele é como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e, no ano da sequidão, não se perturba, nem deixa de dar fruto” (Jeremias 17.5-8).
Consideremos, novamente, o contraste
que Jeremias faz entre duas opções de confiança. Como observamos na meditação
anterior, existem apenas duas escolhas, a saber, o homem ou Deus. Colocar a
confiança no homem ou coloca-la em Deus. Quando o homem é o objeto de nossa
esperança, o resultado é a maldição da esterilidade espiritual. Como está
escrito: “Maldito o homem que confia no homem.” Por outro lado, quando Deus é o
objeto de nossa dependência, o resultado é grande bênção. Pois a Escritura
afirma, “Bendito o homem que confia no Senhor e cuja esperança é o Senhor.”
A bênção espiritual que resulta do
confiar no Senhor é comparada a uma árvore que cresce mediante o contínuo fluxo
de um rio. Observe o texto bíblico, ele diz: “Porque ele é como a árvore
plantada junto às águas.” A margem do rio é o local ideal para o
desenvolvimento de uma árvore próspera. Confiar no Senhor é o único ambiente no
qual a vida espiritual próspera pode ser desenvolvida. Uma árvore que está
localizada próxima ao rio manda suas raízes tirarem cada vez mais daquela água
que dá vida. Como diz a Escritura, ela “estende as suas para o ribeiro”. O
cristão que espera no Senhor encontra a vida desejada pelo homem interior e
alcança cada vez mais desta vida pela qual ele anseia.
Quando o calor da aridez chega, isto
representa uma terrível ameaça à vida da planta, exceto se a planta estiver
localizada ao lado de um rio abundante. Quando o calor da batalha ou de
circunstâncias impossíveis chegarem, elas podem representar uma terrível ameaça
ao cristão. Todo filho de Deus é tentado a ficar ansioso. Contudo, se o Senhor
é nossa esperança, acontece conosco o mesmo que Jeremias relata, a saber, “não
receia quando vem o calor, [...] no ano de sequidão, não se perturba.” Em vez
disso, nós continuaremos a crescer e a frutificar espiritualmente. Como diz a
Escritura, “mas a sua folha fica verde, [...] nem deixa de dar fruto.”
Que resultados radicalmente
diferentes advêm do confiar no Senhor, em vez de confiar no homem. Recebemos
bênção espiritual, em vez de maldição. Nossa vida espiritual é comparada a uma
árvore frondosa ao lado de um rio, em vez de um arbusto solitário no deserto.
Experimentamos os recursos da graça de Deus, em vez dos recursos carnais do
homem.