sábado, 11 de agosto de 2018

O Deus da paz tornando a obediência disponível para nós


“Ora, o Deus da paz, que tornou a trazer dentre os mortos a Jesus, nosso Senhor, o grande Pastor das ovelhas, pelo sangue da eterna aliança, vos aperfeiçoe em todo o bem, para cumprirdes a sua vontade, operando em vós o que é agradável diante dele, por Cristo Jesus, a quem seja a glória para todo o sempre. Amém!” (Hebreus 13.20-21)
            Esses fortes versículos dão continuidade a nossa investigação acerca da vida de obediência. Eles terminam com o que acontece quando permitimos que Deus faça sua obra em nossa vida. Nos tornamos “aperfeiçoados em todo o bem, para cumprir a sua vontade”. Essa esperança é colocada à nossa disposição pelo “Deus da paz”.
            Tudo quanto começamos na vida está em conflito com Deus. Embora possamos não estar cientes desse fato, por natureza éramos inimigos de Deus, como está escrito: “E a vós outros também que, outrora, éreis estranhos e inimigos no entendimento pelas vossas obras malignas” (Colossenses 1.21). Por nossa própria natureza éramos desobedientes, “nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais” (Efésios 2.2-3). Todavia, por meio de seu Filho, Deus estendeu a mão para nos oferecer a paz. Note a afirmação da escritura: “Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, tendo derribado a parede de separação que estava no meio, a inimizade, aboliu, na sua carne, a lei dos mandamentos na forma de ordenanças, para que dos dois criasse, em si mesmo, um novo homem, fazendo a paz, e reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por intermédio da cruz, destruindo a inimizade” (Efésios 2.14-16). Este sacrifício na cruz foi eficaz porque o Senhor Jesus ressuscitou da morte com vitória sobre o pecado e a morte, pois, como diz nosso texto, “o Deus da paz, que tornou a trazer dentre os mortos a Jesus, nosso Senhor”.
            Na cruz de Cristo, foi derramado o sangue que traz bênçãos eternas sobre todos os que creem em Cristo, como está escrito: “pelo sangue da eterna aliança”. O Senhor prometeu esses benefícios eternos a seu povo por meio dos profetas dos tempos antigos. Observe o que o Senhor prometeu: “Farei com eles eterna aliança, segundo a qual não deixarei de lhes fazer o bem; e porei o meu temor no seu coração, para que nunca se apartem de mim” (Jeremias 32.40); “Farei com eles aliança de paz; será aliança perpétua.  Estabelecê-los-ei, e os multiplicarei, e porei o meu santuário no meio deles, para sempre” (Ezequiel 37.26).
            O sangue da nova aliança da graça assegura esses benefícios; visto que está escrito: “Semelhantemente, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este é o cálice da nova aliança no meu sangue derramado em favor de vós” (Lucas 22.20). Esse sangue derramado do Senhor Jesus Cristo é apto para purificar e perdoar para sempre todos que humildemente confiarem nele. Também, esse sangue derramado da nova aliança (novo acordo de Deus para a vida) supre adequadamente nossa necessidade de viver a vida de obediência à qual Deus nos chama. Note o que a Escritura diz: “não que, por nós mesmos, sejamos capazes de pensar alguma coisa, como se partisse de nós; pelo contrário, a nossa suficiência vem de Deus, o qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica” (2 Coríntios 3.5-6).
            Então, colocando-nos em oração diante do Deus da paz, o louvemos por causa do sangue de Jesus, o qual nos transformou de inimigos em amigos de Deus; rendamos graças por tornar a obediência disponível a nós por meio da nova aliança da graça; e humildemente roguemos que ele nos ensine a viver na dependência de sua suficiência.