“Ora, o Deus da paz, que tornou a trazer dentre os mortos a Jesus, nosso
Senhor, o grande Pastor das ovelhas, pelo sangue da eterna aliança, vos
aperfeiçoe em todo o bem, para cumprirdes a sua vontade, operando em vós o que
é agradável diante dele, por Cristo Jesus, a quem seja a glória para todo o
sempre. Amém!” (Hebreus 13.20-21)
Esses fortes versículos dão
continuidade a nossa investigação acerca da vida de obediência. Eles terminam
com o que acontece quando permitimos que Deus faça sua obra em nossa vida. Nos
tornamos “aperfeiçoados em todo o bem, para cumprir a sua vontade”. Essa
esperança é colocada à nossa disposição pelo “Deus da paz”.
Tudo quanto começamos na vida está
em conflito com Deus. Embora possamos não estar cientes desse fato, por natureza
éramos inimigos de Deus, como está escrito: “E a vós outros também que,
outrora, éreis estranhos e inimigos no entendimento pelas vossas obras
malignas” (Colossenses 1.21). Por nossa própria natureza éramos desobedientes,
“nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da
potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; entre
os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa
carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza,
filhos da ira, como também os demais” (Efésios 2.2-3). Todavia, por meio de seu
Filho, Deus estendeu a mão para nos oferecer a paz. Note a afirmação da
escritura: “Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, tendo derribado
a parede de separação que estava no meio, a inimizade, aboliu, na sua carne, a
lei dos mandamentos na forma de ordenanças, para que dos dois criasse, em si
mesmo, um novo homem, fazendo a paz, e reconciliasse ambos em um só corpo com
Deus, por intermédio da cruz, destruindo a inimizade” (Efésios 2.14-16). Este
sacrifício na cruz foi eficaz porque o Senhor Jesus ressuscitou da morte com
vitória sobre o pecado e a morte, pois, como diz nosso texto, “o Deus da paz,
que tornou a trazer dentre os mortos a Jesus, nosso Senhor”.
Na cruz de Cristo, foi derramado o
sangue que traz bênçãos eternas sobre todos os que creem em Cristo, como está
escrito: “pelo sangue da eterna aliança”. O Senhor prometeu esses benefícios
eternos a seu povo por meio dos profetas dos tempos antigos. Observe o que o
Senhor prometeu: “Farei com eles eterna aliança, segundo a qual não deixarei de
lhes fazer o bem; e porei o meu temor no seu coração, para que nunca se apartem
de mim” (Jeremias 32.40); “Farei com eles aliança de paz; será aliança
perpétua. Estabelecê-los-ei, e os
multiplicarei, e porei o meu santuário no meio deles, para sempre” (Ezequiel
37.26).
O sangue da nova aliança da graça assegura
esses benefícios; visto que está escrito: “Semelhantemente, depois de cear,
tomou o cálice, dizendo: Este é o cálice da nova aliança no meu sangue
derramado em favor de vós” (Lucas 22.20). Esse sangue derramado do Senhor Jesus
Cristo é apto para purificar e perdoar para sempre todos que humildemente
confiarem nele. Também, esse sangue derramado da nova aliança (novo acordo de
Deus para a vida) supre adequadamente nossa necessidade de viver a vida de
obediência à qual Deus nos chama. Note o que a Escritura diz: “não que, por nós
mesmos, sejamos capazes de pensar alguma coisa, como se partisse de nós; pelo
contrário, a nossa suficiência vem de Deus, o qual nos habilitou para sermos
ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra
mata, mas o espírito vivifica” (2 Coríntios 3.5-6).
Então, colocando-nos em oração
diante do Deus da paz, o louvemos por causa do sangue de Jesus, o qual nos
transformou de inimigos em amigos de Deus; rendamos graças por tornar a
obediência disponível a nós por meio da nova aliança da graça; e humildemente
roguemos que ele nos ensine a viver na dependência de sua suficiência.