No final da meditação anterior, vimos que, à semelhança
de Jesus, nós somos enviados para o ministério da proclamação das boas-novas do
evangelho da salvação. E, por isso, precisamos ser capacitados pelo mesmo
Espírito que ungiu e capacitou o Senhor Jesus. Em virtude disso, no início de
Atos, a Escritura afirma: “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o
Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a
Judeia e Samaria e até aos confins da terra” (Atos 1.8).
Depois dos eventos da cruz e da ressurreição, o Senhor
Jesus ensinou seus discípulos por quarenta dias antes de ascender ao Pai. Uma
de suas mensagens estratégicas de preparação diz respeito à capacitação do
Espírito Santo que eles necessitavam para o cumprimento de seu ministério. “Recebereis
poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo”. Depois que essa promessa vital
foi dada, “foi Jesus elevado às alturas, à vista deles, e uma nuvem o encobriu
de seus olhos”. Jesus ascendeu ao céu e assentou-se à direita do Deus Pai Dez dias
mais tarde, no dia de Pentecoste, esta promessa foi cumprida mediante o
derramamento do Espírito. “Todos ficaram cheios do Espírito Santo” (Atos 2.4).
O grande resultado desta capacitação foi a difusão do evangelho, região por
região, por todo o mundo. “E sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como
em toda a Judeia e Samaria e até aos confins do mundo” (Atos 1.8).
Seu sucesso
está documentado nas Escrituras. A oposição religiosa admitiu que Jerusalém foi
prontamente alcançada. “Expressamente vos ordenamos que não ensinásseis nesse
nome; contudo, enchestes Jerusalém de vossa doutrina” (Atos 5.28). Logo depois,
a Judeia foi tocada. “Naquele dia, levantou-se grande perseguição contra a
igreja em Jerusalém; e todos, exceto os apóstolos, foram dispersos pelas
regiões da Judeia e Samaria... Entrementes, os que foram dispersos iam por toda
parte pregando a palavra” (Atos 8.1, 4). A seguir, a mensagem de Jesus entrou
em Samaria. “Filipe, descendo à cidade de Samaria, anunciava-lhes a Cristo. As
multidões atendiam, unânimes, às coisas que Filipe dizia, ouvindo-as e vendo
os sinais que ele operava” (Atos 8.5-6). Finalmente, o evangelho da graça foi
derramado ao redor do mundo. “Por causa da esperança que vos este preservada
nos céus, que chegou até vós; como também, em todo o mundo, está produzindo
fruto e crescendo, tal acontece entre vós, desde o dia em que ouvistes e
entendestes a graça de Deus na verdade” (Colossenses 1.5-6).
Esta
expansão por todo o mundo foi um desenvolvimento espantoso, considerando-se as
inexpressivas credenciais que caracterizavam os seguidores de Jesus. “Ao verem a intrepidez de Pedro e João, sabendo que
eram homens iletrados e incultos, admiraram-se; e reconheceram que haviam eles
estado com Jesus” (Atos 4.13). A explicação para sua eficácia está contida na
última parte do versículo. Estes homens tinham gasto tempo com Jesus, foram
impactados por ele e, agora, caminhavam na força espiritual de seu Espírito.
Para que
qualquer discípulo (do passado ou do presente) seja uma demonstração eficaz da
realidade do Cristo ressurreto, ele deve viver pela capacitação do Espírito
Santo. Seu testemunho não será eficaz sem essa capacitação. Somos chamados e
enviados para o ministério da pregação das boas-novas de salvação, enviados
para ser testemunhas. Não somos capazes de cumprir esse ministério sem a
capacitação concedida pelo Espírito Santo.
Então,
clamemos ao Senhor, nossa força, que faça de nossas vidas uma testemunha
diária, declarando por palavras, ações e atitudes que Jesus está vivo.
Reconheçamos que nossas habilidades nunca serão suficientes para o cumprimento
do ministério posto em nossas mãos. Roguemos, humildemente, que ele nos
capacite por meio do seu Espírito Santo.
Pr. Paulo
Arantes