“Mas
agora que conheceis a Deus ou, antes, sendo conhecidos por Deus, como estais
voltando, outra vez, aos rudimentos fracos e pobres, aos quais, de novo,
quereis ainda escravizar-vos? Guardais dias, e meses, e tempos, e anos”
(Gálatas 4.9-10).
Em
nossa meditação anterior, vimos que a promessa de verdade libertadora do Senhor
inclui a verdade para libertar-nos da lei. Se devemos ser justificados
(declarados sem culpa e justos em Cristo, devemos ser libertos da lei (que nos
condena e nos declara culpados de pecado). Esse regate da lei é assegurado
mediante o colocar nossa fé no Senhor Jesus e desfrutar de sua graça
justificadora. A fé salvadora, uma dádiva de Deus, deve ser usada por nós para
confiar em Cristo como o único e suficiente Salvador. Pois está escrito,
“sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, e sim
mediante a fé em Cristo Jesus, também temos crido em Cristo Jesus, para que
fôssemos justificados pela fé em Cristo Jesus e não por obras da lei, pois, por
obras da lei, ninguém será justificado” (Gálatas 2.16).
Mediante
este exercício da fé dada por Deus, conhecemos ao Senhor. Neste ponto, muitos
cristãos voltam aos esforços religiosos sob o cumprimento da lei, assumindo que
podem crescer em santificação por meio de seus próprios esforços e dedicação.
Observe o que a Escritura afirma: “Mas agora que conheceis a Deus ou, antes, sendo
conhecido por Deus, como estais voltando, outra vez, aos rudimentos fracos e
pobres” (Gálatas 4.9a) Essas palavras repetem o tema principal deste livro
revolucionário: o poder e a riqueza da graça contrastados com a fraqueza e
pobreza (“rudimentos fracos e pobres”) da lei. A graça de Deus, que foi
suficientemente poderosa para nos conduzir à justificação, é a única opção
suficientemente poderosa para fazer-nos progredir em santificação (crescimento
na vida piedosa). A graça de Deus, que foi abundantemente rica para salvar
nossas almas, é a única fonte suficientemente rica para efetuar a transformação
de nosso coração e caráter. A lei de Deus nunca teve o propósito de ser o meio
para prover o poder ou a riqueza celestial necessária para a justificação. Nem
tinha ela o propósito de produzir santificação.
A futilidade da lei em produzir piedade pode ser
vista na esperança inútil dos gálatas de que observar dias santos os
capacitaria espiritualmente. Preste atenção ao que a Escritura diz, “Guardais
dias, e meses, e tempos, e anos” (Gálatas 4.10). Longe de produzir lidas
libertas, isto era um retorno à escravidão religiosa. Visto que a Escritura
afirma, “aos quais, de novo, quereis ainda escravizar-vos?” (Gálatas 4.9b).
Certamente o povo de Deus é livre para celebrar dias que possuem importância
espiritual para ele. Como está escrito, “Um faz diferença entre dia e dia;
outro julga iguais todos os dias. Cada um tenha opinião bem definida em sua
própria mente” (Romanos 14.5). Não nos é requerido nem proibido observar dias.
No entanto, se nossa esperança está nas observâncias religiosas, estamos seguindo
em direção a escravidão religiosa, não para a liberdade espiritual.
Por isso, em oração, nos regozijemos
no poder e na riqueza da graça de Deus, a qual trouxe a justificação do pecado
para nós; clamemos humildemente por suprimento diário de sua poderosa e rica
graça salvadora; supliquemos que seu Espírito nos convença de pecado quando nos
inclinarmos para os rudimentos fracos e pobres do cumprimento da lei.