A fim de meditar um pouco mais sobre a relação entre
a ressurreição e a justificação, leiamos o que o Senhor nos diz por meio do
apóstolo Pedro: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que,
segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança,
mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos” (1 Pedro 1.3).
Temos milhares de razões para
bendizer ao nosso grande Deus, para falar dele com gratos louvores, por isso o
apóstolo diz, “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo”. Nosso Pai
celestial tem misericordiosamente se apresentado a nós com tantas bênçãos que,
com razão, desejamos que ele seja honrado e bendito. Como diz o salmista, “Pois
tu, Senhor, és bom e compassivo; abundante em benignidade para com todos os que
te invocam” (Salmo 86.5). Baseado em seu grande amor, ele enviou seu Filho para
pagar nossa dívida de pecado. Por meio da fé no nome de Jesus, temos recebido
perdão e nova vida. Dia a dia ele está presente conosco, e está operando em
nossas vidas e por intermédio delas. Quão abençoados somos!
No texto da Escritura que está
diante de nós, o coração misericordioso de Deus para conosco encontra-se focado
em um magnífico assunto: “que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou
para uma viva esperança”. A misericórdia do Senhor proveu um plano pelo qual
ele pode, de modo justo, reter o terrível julgamento que justamente merecemos.
Esse plano de salvação oferece novo nascimento. Deus “nos regenerou”. Essa
expressão grega poderia ser traduzida como “ele nos fez nascer de novo”. Todos
nós nascemos de nossos pais terrenos, um nascimento que traz vida humana
temporal. A todos nós que cremos no Senhor Jesus como nosso Salvador pessoal,
tem sido dado um novo nascimento de Deus para a vida espiritual eterna em
Cristo. Essa é uma das realidades celestiais que dizem respeito à justificação
(ser declarado justo aos olhos de Deus e, por isso, ser capaz de andar com
Deus).
Esse novo nascimento é, também,
“para uma viva esperança”. Quando somos regenerados (nascido de novo) na
família do Senhor, uma “esperança” real torna-se disponível para nós a partir
de então. A esperança bíblica diz respeito às certezas absolutas acerca do
futuro. Diz respeito às expectativas garantidas para hoje e para a eternidade.
Essas são necessidades vitais para cada pessoa. De outra forma, as pessoas se
chafurdam em desesperança e desespero, ou elas caminham em fantasias e
imaginações inúteis.
A esperança única que o Senhor provê
para nós é uma “viva esperança”. É uma esperança que pulsa com a vida
ressurreta. Pois a Escritura diz: “[Deus] nos regenerou para uma viva
esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos”. Essa
esperança é fruto da ressurreição do Senhor e está saturada com ela. Essa
esperança mediante a ressurreição é suficiente para levantar-nos de qualquer
morte agonizante, seja em nosso coração dolorido, seja em nossas circunstâncias
ameaçadoras.
Colocando-nos diante de
Deus, em oração, o louvemos por sua abundante misericórdia para conosco;
rendamos graças pelo novo nascimento e, especialmente, pela viva esperança;
supliquemos que ele opere nos aspectos mortos de nossa vida, pois ele sabe
quais áreas de nosso coração estão sem vida, e as circunstâncias que nos matam;
supliquemos que ele dê nova vitalidade ao nosso coração e nos eleve acima das
circunstâncias da vida, por meio da ressurreição de seu Filho.