segunda-feira, 1 de julho de 2013

Lembranças Sadias


             Quando, pela primeira vez, Davi encarregou Asafe e seus irmãos de celebrarem com hinos ao Senhor, ele mesmo compôs um salmo ou hino. Nele, Davi recomenda algumas lembranças sadias: “Lembrai-vos das maravilhas que fez, dos seus prodígios e dos juízos dos seus lábios” (1 Crônicas 16.12). O ato de lembrar-se das maravilhas, dos prodígios e dos juízos de Deus tem conseqüências benéficas.
            Lembre-se das maravilhas que o Senhor fez. O termo “maravilha” diz respeito a algo que provoca admiração por sua beleza ou grandeza. A Escritura declara, em Êxodo 15.11, que ninguém “opera maravilhas” como o Senhor e, em Josué 3.5, que o Senhor faz maravilhas no meio do seu povo. Dois exemplos que imediatamente vêm à mente são: a manifestação do Senhor na sarça ardente, da qual Moisés diz, “Irei para lá e verei essa grande maravilha” (Êxodo 3.3); e a manifestação do Senhor no Monte Sinai (Êxodo 19.16-25; 20.18-21). Lembrar-se dessas e de outras maravilhas operadas pelo Senhor renova a crença de que só o Senhor é Deus, Deus Altíssimo, Deus santo e tremendo.
            Lembre-se dos prodígios realizados pelo Senhor. A palavra “prodígio” se refere a um fenômeno extraordinário ou inexplicável, um milagre. A Bíblia afirma, no Salmo 72.18, que “só ele (o Senhor) opera prodígios”. Permanecendo no período do êxodo, encontramos o Senhor declarando, “Portanto, estenderei a mão e ferirei o Egito com todos os meus prodígios que farei no meio dele” (Êxodo 3.20). Certamente esses prodígios dizem respeito às pragas lançadas sobre o Egito (Êxodo 7.14-12.36), e à extraordinária ação de abrir o Mar Vermelho, para o povo de Israel passar a pé enxuto, e torná-lo a fechar, para fazer perecer o exército egípcio (Êxodo 14.15-31). Lembrar-se desses prodígios, e de outros, revigora a confiança na soberania e poder do Senhor, a quem nada é impossível.
            Lembre-se dos juízos proferidos e executados pelo Senhor. No Escritura, a expressão “juízo” se refere não apenas ao julgamento efetuado por Deus, mas também à execução da punição ou castigo estabelecido no julgamento, ainda que essa não ocorra imediatamente. Está escrito: “Deus é justo juiz” (Salmo 7.11); e “Um só é Legislador e Juiz, aquele que pode salvar e fazer perecer” (Tiago 4.12). A Escritura deixa claro que as ações de Deus sobre o Egito, por ocasião do êxodo, eram “grandes manifestações de julgamento” (Êxodo 6.6) e execução de “juízo sobre todos os deuses do Egito” (Êxodo 12.12), pois “Faz-se conhecido o Senhor, pelo juízo que executa” (Salmo 9.16). Lembrar-se dos juízos proferidos e executados pelo Senhor, produz conhecimento e santo temor.
            O ato de trazer à memória a lembranças dessas coisas sadias traz benefícios à vida e ao relacionamento cristãos com o Senhor.