Continuando nossa jornada em busca do conhecimento
das características da vida triunfante, leiamos atentamente as seguintes
palavras do apóstolo Paulo: “Porque nós não estamos, como tantos outros, mercadejando
a palavra de Deus; antes, em Cristo é que falamos na presença de Deus, com
sinceridade e da parte do próprio Deus” (2 Coríntios 2.17).
Sinceridade
piedosa concernente à Palavra de Deus é outra característica com a qual o
Senhor deseja marcar-nos por sua graça. Observe as palavras do apóstolo:
“Porque nós não estamos, como tantos outros, mercadejando a palavra de Deus;
antes, em Cristo é que falamos na presença de Deus, com sinceridade e da parte
do próprio Deus”. O modo pelo qual nos relacionamos com a Palavra de Deus é da
mais alta prioridade para nosso Senhor. No período da Igreja Apostólica, alguns
já estava se relacionando de modo errado com a Palavra de Deus. Novamente,
observe as palavras de Paulo: “Porque nós não estamos, como tantos outros,
mercadejando a palavra de Deus”. Isto é, havia pessoas que estavam usando a
Palavra de Deus para vantagem financeira pessoal.
As
Escrituras nos advertem acerca da tentação que podemos enfrentar acerca do uso
inapropriado da Palavra de Deus. Na Carta a Tito, o Espírito Santo diz por meio
de Paulo: “Porque existem muitos insubordinados, palradores frívolos e
enganadores, especialmente os da circuncisão. É preciso fazê-los calar, porque
andam pervertendo casas inteiras, ensinando o que não devem, por torpe
ganância” (Tito 1.10-11). Tito foi prevenido acerca de muitos, no mundo
eclesiástico, que se rebelavam contra a mensagem da Palavra de Deus. Essas
pessoas se davam à tagarelice sem sentido e ao engano religioso que vinha dos
legalistas, os quais amavam impor a lei sobre as pessoas. Era necessário que
esses homens fossem silenciados com a verdade, porque eles estavam minando o
bem-estar espiritual de famílias inteiras. Eles ensinavam coisas que eram
biblicamente inaceitáveis. Sua motivação era a vantagem financeira que podia
adquirir mediante venda de mentiras. Tantas pessoas, hoje, são tentadas a ir
atrás do ganho material que frequentemente vem daqueles que facilmente compram
seus esquemas religiosos.
O
apóstolo Paulo também previne acerca de outros que são motivados pelo poder e
influência que uma mensagem habilmente distorcida pode produzir. Ele diz: “Eu
sei que, depois da minha partida, entre vós penetrarão lobos vorazes, que não
pouparão o rebanho. E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens falando
coisas pervertidas para arrastar os discípulos atrás deles” (Atos 20.29-30). Os
verdadeiros discípulos seguem ao Senhor Jesus. Além disso, um discípulo
verdadeiro procura ajudar outros em seu esforço para seguir a Cristo. Esses
impostores desejam que outros os sigam. Esse perigo é duplo: primeiro,
incrédulos sem misericórdia, vindos de fora, “penetrarão” na igreja; segundo,
“dentre vós mesmos”, isto é, de dentro da igreja surgirão homens com uma
mensagem adulterada.
A
sinceridade piedosa deve caracterizar nosso tratamento das Escrituras. Devemos
proclamar a verdade, pois “em Cristo é que falamos na presença de Deus, com
sinceridade e da parte do próprio Deus”. Devemos proclamar a mensagem que é de
Deus (a Bíblia), e fazê-lo em honestidade, sabendo que nosso Deus está atento.
Por
isso, colocando-nos de joelhos, em oração, diante de nosso Deus, roguemos seu
perdão por nossa negligência na entrega da sua mensagem, ou pela desonestidade
de nossos motivos acerca de sua Palavra; e supliquemos que ele nos caracterize
com sinceridade piedosa concernente à sua Palavra.