terça-feira, 14 de junho de 2016

Mais sobre a ressurreição e a santificação



Meditemos um pouco mais sobre a relação entre a ressurreição de Cristo Jesus e a nossa santificação. Para isso, leiamos o que o Espírito nos diz por meio do apóstolo Paulo: “Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo e ser achado nele, não tendo justiça própria, que procede de lei, senão a que é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada na fé; para o conhecer, e o poder da sua ressurreição, e a comunhão dos seus sofrimentos, conformando-me com ele na sua morte; para, de algum modo, alcançar a ressurreição dentre os mortos” (Filipenses 3.8-11).
            Santificação é aquele processo pelo qual o redimido é crescentemente separado para o propósito, uso e glória de Deus. A ressurreição de Cristo e o poder desta ressurreição estão ligados a todo este processo. O texto citado acima oferece discernimento adicional desta verdade.
            O poder da ressurreição está novamente em vista. Contudo, o contexto envolve mais do que capacitação celestial: “para o conhecer, e o poder da sua ressurreição”. O contexto primário é obter conhecimento do Senhor. Paulo afirma, “Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor”. O maior prazer de Paulo era conhecer seu Senhor, tornar-se mais intimamente familiarizado com ele. O apóstolo se refere a esse objetivo abençoado como o mais elevado bem disponível em toda a criação, pois ele declara: “considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor”. Paulo está pronto para perder tudo a fim de obter maior intimidade com o Senhor. Para ele, este conhecimento de Cristo era sublime, uma palavra que pode ser traduzida como “de excelente valor”.
            Nosso relacionamento com o Senhor começou no “poder de sua ressurreição”. Estávamos mortos em nossos pecados, e o Senhor nos ressuscitou para uma nova vida quando cremos nele. Que maravilhoso modo de dar início a nossa relação pessoal com Deus! Um glorioso período de alegria e gratidão acompanhou esta ressurreição pessoal. O poder da ressurreição de Jesus proporcionou-nos essa grande apreciação de quem nosso Senhor realmente é, um Deus de força e poder.
            Durante o tempo que marchamos juntos, contudo, descobrimos que existem outros meios de conhecermos nosso Senhor mais plenamente, a saber, “a comunhão dos seus sofrimentos”. Muitos de nós que seguimos a Cristo fomos surpreendidos quando, depois de crermos em Jesus, enfrentamos algum tipo de sofrimento pessoal. Talvez, em nossos primeiros dias jubilosos com Jesus, tivéssemos como certo que provações nunca fariam parte de nosso caminho. Eventualmente, porém, começamos a sofrer como Jesus sofreu (por fazer a coisa certa, por causa da justiça). “Porquanto para isso mesmo fostes chamados, pois também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos” (1 Pedro 2.21). Como nosso relacionamento com ele se aprofundou naquelas provações! Aprendemos mais sobre o difícil caminho pelo qual ele andou aqui na terra. Descobrimos quão fiel e compassivo ele foi quando clamamos por ele em nossa necessidade. Em outras palavras, nosso amor por ele cresceu, bem como nosso conhecimento dele.
            Por isso, coloquemos diante de nosso Senhor de poder e compaixão, exaltando-o por seu poder da ressurreição e glorificando-o por sua incomparável compaixão. Pois ele tem permitido que experimentemos estas coisas a fim de crescermos no conhecimento dele. Roguemos que ele manifeste seu poder em nossa fraqueza e sua compaixão em nossos sofrimentos, e assim nos permita conhecê-lo mais e mais.