A Escritura nos informa que Deus, “para a sua própria glória e virtude”
nos têm concedido “as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas
vos torneis co-participantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das
paixões que há no mundo” (2 Pedro
1.3-4). Em virtude disso podemos deduzir que:
Primeiro, somos pessoas privilegiadas, pois recebemos de Deus suas
promessas, as quais são “preciosas e mui grandes”. Visto que achamos graça
diante do Senhor Deus, ele nos abençoa mediante a concessão de bênçãos, tais
como: “não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu
Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel” (Isaías
41.10); “eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século”
(Mateus 28.20). São promessas preciosas devido a sua relevância. São promessas
grandiosas devido a seu alcance.
Segundo, podemos estar certos de que essas promessas serão cumpridas,
pois “quem fez a promessa é fiel” (Hebreus 10.23). A garantia que temos, de que
o Senhor Deus cumprirá “suas preciosas e mui grandes promessas”, encontra-se no
fato de que ele é imutável (Números 23.19), ele é poderoso (Efésios 3.20) e ele
é fiel (2 Tessalonicenses 3.3).
Terceiro, a concessão dessas “preciosas e mui grandes promessas” tem um
sublime objetivo. O propósito do Senhor Deus ao conceder-nos suas promessas é duplo,
a saber, tornar-nos “co-participantes da sua natureza e livrar-nos da
“corrupção das paixões” que existem no mundo. Tornar-se “co-participante da
natureza divina” não significa que os cristãos são absorvidos na divindade, nem
que se tornam divinos. Antes, que eles recebem o Espírito Santo e se tornam
filhos de Deus, e, como tais, são moldados para serem semelhantes a Jesus
Cristo e para que a imagem de Deus seja renovada neles. Esse processo de
moldagem e renovação se dá mediante o livramento e a retirada da corrupção
causada pelas paixões pecaminosas que se infiltraram na natureza humana e no
mundo do homem.
Recebamos e usufruamos das “preciosas e mui grandes
promessas” concedidas por Deus, não com objetivos mundanos e egoístas, mas com
propósitos espirituais de santificação e conformidade com Cristo.