Meditemos um pouco mais sobre a relação entre a graça e a
fé. Voltemos às Escrituras, a fim de observar suas declarações: “Visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está
escrito: O justo viverá por fé” (Romanos 1.17). “E,
assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo” (Romanos 10.17). “E, por
isso, estou sofrendo estas coisas; todavia, não me envergonho, porque sei em
quem tenho crido e estou bem certo de que ele é poderoso para guardar o meu
depósito até aquele Dia” (2
Timóteo 1.12).
Toda a jornada cristã foi
estabelecida com o propósito de ser vivida pela fé. “O justo viverá por fé”
(Romanos 1.17) é o que declara o Espírito Santo. Cada passo de cada dia que
damos, cada dificuldade que enfrentamos, deve ser na confiança e na dependência do Senhor. Este caminho de
confiança acessa a graça que Deus deseja nos mostrar. Lembremo-nos, a fé se
relaciona com a graça. Por isso a Escritura afirma: “Essa é a razão por que provém da fé, para que seja segundo a graça” (Romanos 4.16). Tentar nosso melhor não assegura que a graça de Deus
esteja operando em e através de nós. A tentativa de ser passivo não produz uma
exibição da graça de Deus. Contudo, a humilde confiança no Senhor, quer
acompanhada de ação ou de espera paciente, sempre resultará em gozo da sua
graça prometida a nós.
Todavia, especialmente de que
modo aprendemos a viver pela fé? Romanos 10.17 é muito útil aqui. O Senhor diz:
“E, assim, a fé vem pela pregação,
e a pregação, pela palavra de Cristo”. Quando nos aproximamos das Escrituras desejando ouvir do Senhor o que
ele tem a nos dizer, a fé tem a oportunidade de crescer. Por meio da Palavra, Deus
nos fala acerca de si mesmo e de seus caminhos. Ele nos revela seus planos e
propósitos. Ele provê discernimento acerca dos acontecimentos. Ele lança fora
as ilusões e os conceitos errados. Ele oferece promessas e garantias. Quando,
por meio dela, obtemos conhecimento de quem o Senhor é e do que ele deseja
fazer, somos incitados a confiar nele para trabalhar essas questões em nossa
vida. Enfrentamos provações ou oportunidades, e confiamos nele para permanecermos
fieis. Aprendemos sobre nossa insuficiência e somos levados a sua suficiência.
Olhamos para o Senhor quanto às dificuldades pessoais diárias, e ele se mostra
fiel. Nossa fé continua a crescer por meio de tudo isso, em resposta ao que o
Senhor nos revela e ao que ele faz em nós. Esta é a graça de Deus em ação, porque sua Palavra é “a palavra da sua graça” (Atos
20.32).
Esse processo ilustra a realidade
relacional da fé. A fé não é algo que podemos produzir Ela é resultado de conhecermos
ao Senhor mais e mais. Paulo
falou sobre esse padrão em parte de seu testemunho. “Porque sei em quem tenho crido e
estou bem certo de que ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele
Dia” (2 Timóteo 1.12). Com o passar dos anos, Paulo adquiriu familiaridade com o Senhor em quem
ele tinha crido. Então, à medida que esse relacionamento com Cristo se
desenvolveu, Paulo ficou cada vez mais convencido da habilidade de seu Mestre
em controlar qualquer assunto que ele pusesse em suas mãos. Esta fé que estava
se desenvolvendo em Paulo, estava, o tempo todo, extraindo os recursos da graça
de Deus.
Desejemos
viver diariamente pela fé. Roguemos ao Senhor, nosso Deus, que opere em nosso
coração um apetite crescente por sua Palavra, para que nossa fé possa se desenvolver
a medida que ouvimos dele. Roguemos por seu perdão pelas vezes em que tomamos
as questões da vida em nossas mãos e deixamos de olhar para ele. Roguemos, também,
que o Senhor nos mostre as situações em que precisamos confiar nele.