Certa
ocasião Jesus perguntou aos seus discípulos sobre o que as pessoas diziam a seu
respeito. Após a resposta, o Senhor perguntou aos discípulos “Mas vós, quem
dizeis que eu sou?” (Mateus 16.15). O apóstolo Pedro, então, deu o mais
tremendo testemunho sobre Jesus. Ele disse: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus
vivo” (Mateus 16.16). Depois de elogiar a Pedro por sua resposta, e de declarar
que tal resposta era fruto da revelação do Deus Pai, Jesus fez a seguinte
promessa: “Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a
minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mateus
16.18). É certo que a pedra sobre a qual Jesus edificará sua igreja não é
Pedro, mas o testemunho dado por Pedro: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.”
A promessa de todas as promessas que Deus fez diz
respeito à dádiva da vida eterna. É isso que lemos nas Escrituras, “E esta é a
promessa que ele mesmo nos fez, a vida eterna” (1 João 2.25). Todos que
respondem a essa promessa em fé, tornam-se os destinatários da promessa feita
por Jesus de edificar sua igreja.
O
Senhor fez essa promessa logo após a precisa confissão de Pedro de que Jesus
era o Messias. Quanto Jesus confirmou essa confissão, ele fez Pedro saber que
tal discernimento não veio dele mesmo, mas de Deus; como está escrito:
“Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to
revelou, mas meu Pai, que está nos céus” (Mateus 16.17). A seguir, Jesus
contrastou o significado do nome de Pedro com o tipo de fundamento sobre o qual
ele construiria a sua igreja. Ele disse: “Também eu te digo que tu és Pedro, e
sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não
prevalecerão contra ela” (Mateus 16.18). O nome Pedro significa “pedra”, aquilo
que não pode ser facilmente removido ou segurado com as mãos. Jesus não
edificaria sua igreja sobre meros homens, os quais, na melhor das hipóteses,
são como pedras que podem ser removidas. Ao contrário, ele edificaria sua
igreja sobre um fundamento semelhante a uma rocha que não pode ser removida.
Ele a edificaria sobre a verdadeira rocha sólida contida na confissão de Pedro,
a saber, “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mateus 16.16). Sim, o próprio
Senhor Jesus Cristo é o verdadeiro fundamento da igreja; pois está escrito, “Porque
ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus
Cristo” (1 Coríntios 3.11).
Essa
figura de Jesus Cristo como o fundamento de sua igreja é o cumprimento de uma
das maiores promessas proféticas que o Senhor fez a muito tempo atrás. Observe
atentamente: “Portanto, assim diz o Senhor Deus: Eis que eu assentei em Sião
uma pedra, pedra já provada, pedra preciosa, angular, solidamente assentada;
aquele que crer não foge” (Isaías 28.16). Também, ela está em perfeita harmonia
com a revelação de Deus no Antigo Testamento como uma Rocha, Por exemplo,
“Vinde, cantemos ao Senhor, com júbilo, celebremos o Rochedo da nossa salvação”
(Salmo 95.1). Essa rocha sólida, ungida como Rei (Jesus, o Messias), seria
plenamente eficaz em sua missão. Nem mesmo Satanás e os demônios, as potestades
(“portas”) da morte e das trevas (“inferno”), seriam incapazes de impedir o
cumprimento de sua promessa de edificar sua igreja; como está escrito, “e as
portas do inferno não prevalecerão contra ela”.
Portanto, em oração,
confessemos também que Jesus é o Cristo, o Filho do Deus vivo; o louvemos por
ser a firme fundamento de sua igreja, coletivamente, e de nossa vida,
individualmente; e supliquemos que nos use como instrumentos para cumprir sua
promessa de edificar sua igreja.