“Porventura, ignorais, irmãos
(pois falo aos que conhecem a lei), que a lei tem domínio sobre o homem toda a
sua vida. [...] Agora, porém, libertados da lei, estamos mortos para aquilo a
que estávamos sujeitos, de modo que servimos em novidade de espírito e não na
caducidade da letra” (Romanos 7.1 e 6).
Na Palavra de Deus, o Senhor promete que a verdade
traz libertação espiritual, pois está escrito, “e conhecereis a verdade, e a
verdade vos libertará” (João 8.32). Consideramos as verdades que libertam as
pessoas da escravidão do pecado, da escravidão do medo da morte e da escravidão
da influência do diabo. Agora, olharemos para outra categoria de verdade
libertadora: a verdade para libertar-nos da lei.
Inicialmente,
esse assunto diz respeito a todos, porque todos começamos sob a escravidão da
lei; como está escrito, “Ora, sabemos que tudo o que a lei diz, aos que vivem
na lei o diz para que se cale toda boca, e todo o mundo seja culpável perante
Deus” (Romanos 3.19). Todos os que viveram, vivem agora ou viverão no futuro
(“todo o mundo”) estão inicialmente confinados em um estado de condenação
(“seja culpável perante Deus”), por causa de seu pecado. Essa condição de
culpado duraria a vida toda se Deus não providenciasse o remédio. Observe, “tudo
o que a lei diz, aos que vivem na lei o diz”, ou seja, a lei tem domínio sobre
o homem ao longo de toda sua vida. Contudo, essa condição de escravidão da lei
não precisa continuar, porque a Palavra do Senhor proclama a verdade
libertadora para essa drástica necessidade. Ela diz, “Agora, porém, libertados
da lei, estamos mortos para aquilo a que estávamos sujeitos, de modo que
servimos em novidade de espírito e não na caducidade da letra” (Romanos 7.6). A
pessoa que éramos por nascimento físico morreu na cruz juntamente com Cristo
quando cremos nele. A nova criatura em Cristo encontra-se justificada pela fé
em Cristo (não mediante a obediência a lei). Pois a Escritura afirma,
“Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das
obras da lei” (Romanos 3.28).
Todos
os filhos de Deus têm experimentado essas verdades libertadoras quando a
justificação é aplicada a eles (nossa justiça eterna está diante de Deus no
céu). Contudo, muitos do povo de Deus não estão conscientes da necessidade de
serem libertos da escravidão da lei no que diz respeito à santificação (nosso
crescimento diário em piedade pessoal e prática na terra). Todavia, a Palavra
de Deus dedica-se a esse assunto repetidamente. Aqui, em um dos versículos
básicos para meditação, vemos essas verdades implicando em santificação.
Observe atentamente, “Agora, porém, libertos da lei, estamos mortos para aquilo
a que estávamos sujeitos, de modo que servimos em novidade de espírito e não na
caducidade da letra” (Romanos 7.6). Sim, o entendimento da verdade de que somos
libertos da lei determina se lutaremos diariamente em escravidão para cumprir a
lei, ou se viveremos livremente mediante a contínua e fresca obra do Espírito
de Deus.
Por isso, colocando-nos diante do
Senhor de libertação, o adoremos por nos libertar da condenação da lei pela
graça por meio da fé; supliquemos que ele nos ensine a viver diariamente pela
graça mediante a fé, para que sejamos, na prática, libertados da lei para
servi-lo.