terça-feira, 22 de maio de 2018

Coisas visíveis temporárias, coisas invisíveis eternas


É necessário e abençoador que dediquemos um pouco mais de nosso tempo meditando no que o Espírito Santo diz por meio do apóstolo Paulo aos coríntios: “Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação, não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas” (2 Coríntios 4.17-18).
            Nosso gracioso Deus deseja usar as tribulações em nossas vidas (“nossa leve e momentânea tribulação”) para produzir bênçãos eternas para nós (“eterno peso de glória”). Ele planeja usar nossas dificuldades diárias para aumentar nossa capacidade espiritual, a fim de experimentarmos mais plenamente as gloriosas realidades eternas de conhecer, adorar e servir a Deus para sempre! O Senhor deseja que uma herança rica e plena nos aguarde no céu, visto que ele mesmo diz: “Pois desta maneira é que vos será amplamente suprida a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador jesus Cristo” (2 Pedro 1.11).
            Uma vida de grandes dificuldades aqui na terra não garante uma experiência enriquecida no céu. O processo das tribulações terrenas que produz bênçãos celestiais não é automático para os filhos de Deus. O versículo 18 nos informa a respeito de quando este processo ocorre, dizendo: “não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem”. As dificuldades da vida são transformadas em bênçãos eternas quando atentamos para as coisas (realidades) que não são vistas (invisíveis).
            Muitos crentes desperdiçam suas aflições porque focam sua atenção “nas coisas que se veem” (as realidades visíveis). Eles concentram seus pensamentos sobre si mesmos, sobre suas circunstâncias, ou sobre alguma sabedoria humana convencional. Uma abordagem dos problemas da vida como esta promove frustrações temporais, não bênçãos eternas. Para extrair benefícios eternos de situações temporais, devemos olhar para os recursos eternos invisíveis, porque “as coisas que não se veem são eternas”.
            O que são estas coisas que não se veem? São os recursos da graça de Deus. Elas incluem graça para consolação e esperança, como declaram as Escrituras: “Ora, nosso Senhor Jesus Cristo mesmo e Deus, o nosso Pai, que nos amou e dos deu eterna consolação e boa esperança, pela graça, consolem o vosso coração e vos confirme em toda boa obra e boa palavra” (2 Tessalonicenses 2.16-17). Elas incluem também a graça para paciência, pois o Senhor declara: “A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza” (2 Coríntios 12.9). Elas, de fato, incluem “graça sobre graça” (João 1.16) para qualquer uma de nossas necessidades.
            Tudo isto está disponível a nós por meio da dependência diária do Senhor, “visto que andamos por fé e não pelo que vemos” (2 Coríntios 5.7). A vida cristã é vivida pela fé no Senhor, não pelo domínio das circunstâncias observáveis. O povo de Deus entra em suas bênçãos mediante o confiar nele. É por meio do olhar para a graça de Deus durante nossas dificuldades que as tribulações são transformadas em “eterno peso de glória”.
            Por conseguinte, colocando-nos em oração diante do Senhor Deus, cuja graça é abundante, confessemos que frequentemente desperdiçamos nossas aflições, por considerar as coisas temporais e focar nossa atenção em nós mesmos; supliquemos sua ajuda para olharmos para os recursos de sua graça infalível, a fim de que nossas tribulações tenham um significado e importância eternos e celestiais.