É necessário e abençoador que dediquemos um pouco mais de nosso tempo
meditando no que o Espírito Santo diz por meio do apóstolo Paulo aos coríntios:
“Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de
glória, acima de toda comparação, não atentando nós nas coisas que se veem, mas
nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem
são eternas” (2 Coríntios 4.17-18).
Nosso gracioso Deus deseja usar as
tribulações em nossas vidas (“nossa leve e momentânea tribulação”) para
produzir bênçãos eternas para nós (“eterno peso de glória”). Ele planeja usar
nossas dificuldades diárias para aumentar nossa capacidade espiritual, a fim de
experimentarmos mais plenamente as gloriosas realidades eternas de conhecer,
adorar e servir a Deus para sempre! O Senhor deseja que uma herança rica e
plena nos aguarde no céu, visto que ele mesmo diz: “Pois desta maneira é que
vos será amplamente suprida a entrada no reino eterno de nosso Senhor e
Salvador jesus Cristo” (2 Pedro 1.11).
Uma vida de grandes dificuldades
aqui na terra não garante uma experiência enriquecida no céu. O processo das
tribulações terrenas que produz bênçãos celestiais não é automático para os
filhos de Deus. O versículo 18 nos informa a respeito de quando este processo
ocorre, dizendo: “não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não
veem”. As dificuldades da vida são transformadas em bênçãos eternas quando
atentamos para as coisas (realidades) que não são vistas (invisíveis).
Muitos crentes desperdiçam suas
aflições porque focam sua atenção “nas coisas que se veem” (as realidades
visíveis). Eles concentram seus pensamentos sobre si mesmos, sobre suas
circunstâncias, ou sobre alguma sabedoria humana convencional. Uma abordagem
dos problemas da vida como esta promove frustrações temporais, não bênçãos
eternas. Para extrair benefícios eternos de situações temporais, devemos olhar
para os recursos eternos invisíveis, porque “as coisas que não se veem são
eternas”.
O que são estas coisas que não se
veem? São os recursos da graça de Deus. Elas incluem graça para consolação e
esperança, como declaram as Escrituras: “Ora, nosso Senhor Jesus Cristo mesmo e
Deus, o nosso Pai, que nos amou e dos deu eterna consolação e boa esperança,
pela graça, consolem o vosso coração e vos confirme em toda boa obra e boa
palavra” (2 Tessalonicenses 2.16-17). Elas incluem também a graça para
paciência, pois o Senhor declara: “A minha graça te basta, porque o poder se
aperfeiçoa na fraqueza” (2 Coríntios 12.9). Elas, de fato, incluem “graça sobre
graça” (João 1.16) para qualquer uma de nossas necessidades.
Tudo isto está disponível a nós por
meio da dependência diária do Senhor, “visto que andamos por fé e não pelo que
vemos” (2 Coríntios 5.7). A vida cristã é vivida pela fé no Senhor, não pelo
domínio das circunstâncias observáveis. O povo de Deus entra em suas bênçãos
mediante o confiar nele. É por meio do olhar para a graça de Deus durante
nossas dificuldades que as tribulações são transformadas em “eterno peso de
glória”.
Por conseguinte,
colocando-nos em oração diante do Senhor Deus, cuja graça é abundante,
confessemos que frequentemente desperdiçamos nossas aflições, por considerar as
coisas temporais e focar nossa atenção em nós mesmos; supliquemos sua ajuda
para olharmos para os recursos de sua graça infalível, a fim de que nossas
tribulações tenham um significado e importância eternos e celestiais.
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