A
Escritura ensina que uma das características do Senhor Deus é a
alegria. Por exemplo, Sofonias 3.17 declara que o Senhor se regozija com
alegria em seu povo; o Salmo 16.11 afirma que na presença do Senhor há
plenitude de alegria; o Salmo 105.43 diz que o senhor Deus conduziu seu povo
com alegria e com jubiloso canto; e Lucas 15.10 ensina que há júbilo no céu
quando um pecador se arrepende.
De
igual modo, a Escritura ensina que o cristão deve ser alegre e alegrar-se. Por
exemplo, em Gálatas 5.22 ela declara que a alegria é um dos aspectos do fruto
do Espírito Santo na vida do salvo; em Neemias 8.10 ela afirma que a alegria do
Senhor é a força do cristão; no Salmo 122.1 ela incita o cristão à alegria
quando convidado para ir à Casa do Senhor; em Filipenses 4.4 ela convida o
cristão a alegrar-se no Senhor; e Isaías 35.10 ela afirma que os remidos terão
alegria eterna coroando suas cabeças.
Apesar
disso, nem sempre encontramos cristãos gozando da alegria no Senhor em todas as
situações e circunstâncias da vida. Por vezes, nos deixamos tomar pela tristeza,
pela apatia, pela dor e pelo sofrimento. Por vezes, deixamos que as
circunstâncias da vida roubem de nós a alegria no Senhor. Por isso, devemos
considerar as três afirmações abaixo.
Alegrar-nos
é uma questão de decisão. Alguém disse que “podemos estar certos de que a vida
irá trazer-nos todos os tipos de sofrimentos de que talvez precisemos”. É
verdade. Não podemos evitar o sofrimento. Por vezes, a tristeza e o sofrimento
são instrumentos de Deus para o nosso bem. É evidente que não podemos fugir das
provações. Não temos escolha, temos que passar por elas. Mas o que importa é
qual atitude escolheremos ter em face das dificuldades. Não temos escolha no
que diz respeito a sofrer um acidente, ser assaltado, perder o emprego, por
exemplo, mas podemos resolver como vamos reagir diante desses problemas, se
eles ocorrerem. E a maneira como reagimos diante do sofrimento irá determinar o
tipo de pessoa que seremos. Cabe a nós a decisão quanto a qual atitude teremos.
Para sermos fiéis a Cristo precisamos decidir nos alegrarmos no Senhor mesmo
nos momentos mais difíceis. Observe o que o Apóstolo Paulo, depois de relatar
algumas das dificuldades pelas quais passou, diz em 2 Coríntios 6.10: “entristecidos,
mas sempre alegres”. Ele tomou a decisão de não deixar as dificuldades
dominarem seu coração com a tristeza e com o desânimo, antes, ao contrário,
decidiu alegrar-se no Senhor. (Leia também Filipenses 4.4 e 2 Coríntios
4.16-18.)
Alegar-nos
é um testemunho. A alegria é um ingrediente indispensável ao nosso testemunho
perante o mundo. Diante de uma pessoa que sofre ou passa por privação, um
humanista pode ser compassivo, um ateu pode praticar ação social e um muçulmano
pode dar esmolas, mas somente um cristão pode dar alegria. Devido à
ressurreição de Cristo, temos esperança e uma alegria que não pode ser
disfarçada. Mateus registra que as mulheres que foram ao sepulcro, no início do
primeiro dia da semana, a fim de embalsamar o corpo de Jesus, ao saberem que
ele ressuscitara, retiraram-se apressadas “tomadas de medo e grande alegria” e
correram para anunciar o fato aos discípulos (28.8). A ressurreição de Cristo é
uma alegria de proporções cósmicas, e a igreja tem o privilégio de anunciá-la ao
mundo.
Alegrar-nos
é uma terapia. Ouvimos, nos últimos anos, muitas pessoas falarem dos efeitos
nocivos da amargura, da ira e da rejeição. A própria Bíblia afirma: “Mas o
espírito abatido faz secar os ossos”, entretanto, ela também afirma: “O coração
alegre é bom remédio” (Provérbios 17.22). A alegria de Deus em nós é remédio, é
medicina para todo o nosso ser, que se manifesta em alento espiritual, saúde
mental e resistência física. Considere as seguintes declarações da Escritura:
“O coração alegre aformoseia o rosto, mas com a tristeza do coração o espírito
se abate” (Provérbios 15.13); “O olhar de amigo alegra ao coração; as
boas-novas fortalecem até os ossos” (Provérbios 15.30).
Portanto, alegremo-nos
sempre no Senhor; outra vez digo: alegremo-nos!