Se
pudéssemos quantificar o conhecimento de Jesus Cristo, qual valor atribuiríamos
a ele? Se pudéssemos comparar o valor do conhecimento de Cristo com o valor de
outros interesses que tenhamos, qual avaliação faríamos deles? Para ajudar-nos
a refletir sobre isso, o Espírito Santo disse por meio do apóstolo Paulo: “Sim,
deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de
Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero
como refugo, para ganhar a Cristo e ser achado nele, não tendo justiça própria,
que procede de lei, senão a que é mediante a fé em Cristo, a justiça que
procede de Deus, baseada na fé, para o conhecer, e o poder da sua ressurreição,
e a comunhão dos seus sofrimentos, conformando-me com ele na sua morte”
(Filipenses 3.8-10).
Facilmente
podemos subestimar o grande valor de adquirir conhecimento do Senhor Jesus
Cristo. Outras preocupações deste mundo, ou mesmo de dentro do mundo
eclesiástico, ganham nosso interesse e lealdade. O apóstolo Paulo viu
claramente o precioso tesouro do conhecimento de Cristo.
O
apóstolo havia se desenvolvido grandemente na cultura religiosa de Israel. Ele
era “hebreu de hebreus” (Filipenses 3.5). Fora um proeminente fariseu, um líder
em sua nação. No entanto, ele abriu mão de todo o desenvolvimento cultural e
religioso a fim de seguir a Cristo. Ele afirma: “Mas o que, para mim, era
lucro, isto considerei perda por causa de Cristo” (Filipenses 3.7). Em outras
palavras, Paulo considerou o conhecimento do Senhor Jesus como muito maior do
que sua privilegiada posição pessoal.
Além
do mais, Paulo continuou a considerar outros assuntos como perda quando
comparados com o supremo valor de conhecer melhor de seu Senhor. Ele diz, “Sim,
deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de
Cristo Jesus, meu Senhor” (Filipenses 3.8). Agora que Paulo desfrutava de um
relacionamento com o Senhor, ele considerava todas as coisas que poderiam
interferir ou diminuir este relacionamento como sendo uma perda espiritual. Às
vezes, somos tentados a nos engajar em assuntos que parecem trazer alguma
bênção ou vantagem. Todavia, quando vemos o impacto que isto pode ter sobre
nosso relacionamento com o Senhor, o aparente ganho é, de fato, perda.
O
apóstolo Paulo conhecia a Jesus como seu Senhor e Salvador pessoal. Entretanto,
ele estava consciente de que experimentaria
mais das bênçãos de Cristo, se seu relacionamento se desenvolvesse de
modo mais profundo e íntimo. Observe sua afirmação: “para ganhar a Cristo e ser
achado nele” (Filipenses 3.8-9). Assim, ele repete sua dupla renúncia das
coisas que poderiam interferir com este desejo. Primeiro, um olhar para o
passado: “por amor do qual perdi todas as coisas” (Filipenses 3.8). Em seguida,
uma confissão do presente: “e as considero como refugo, para ganhar a Cristo e
ser achado nele” (Filipenses 3.8-9). Esse termo “refugo” se refere ao lixo,
esgoto, estrume.
Essas
convicções produziram em Paulo o grande objetivo de sua vida, a saber, “para o
conhecer”. O apóstolo compreendeu que este objetivo era o valor excelente em
todo o universo: “a sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor”.
Por
isso, em oração, reconheçamos que o Senhor Jesus é o mais precioso tesouro de
nossa vida; admitamos, porém, que, às vezes, permitimos que outros interesses
interfiram em nosso relacionamento com ele; e supliquemos sua ajuda para vermos
como coisas que são refugo nos impedem de crescer neste maravilhoso
relacionamento com Cristo Jesus, nosso Senhor.