É necessário empregar um pouco
mais de tempo meditando sobre a relação entre a graça e o fruto espiritual.
Retornemos à declaração das Escrituras acerca desse
assunto: “Mas o fruto do Espírito é: amor alegria, paz, longanimidade,
benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas
coisas não há lei” (Gálatas 5.22-23). Acrescentemos o que o Espírito diz por
meio de Paulo: “Cheios do fruto de justiça, o qual é mediante Jesus Cristo,
para a glória e louvor de Deus” (Filipenses 1 11).
Visto que o
Espírito Santo opera a graça de Deus em nossos corações, os vários aspectos do
fruto espiritual são manifestados por nosso intermédio. “O fruto do Espírito
é:... benignidade”. Benignidade é a bondade e a integridade moral manifestadas
a outras pessoas. Ela inclui mostrar interesse e consideração para com as
pessoas, desejando não ofendê-las. “Longe de vós, toda amargura, e cólera, e
ira, e gritaria, e blasfémia, e bem assim toda malícia. Antes, sede uns para
com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também
Deus, em Cristo, vos perdoou” (Efésios 4.31-32).
“O fruto do
Espírito é:... bondade”. Bondade é muito semelhante ao termo anterior,
benignidade. A perspectiva adicional contida na bondade diz respeito aos atos
de generosidade e beneficência. Estes conceitos repetidos indica a alta
prioridade que Deus coloca sobre o modo como tratamos as outras pessoas.
“O fruto do Espírito é:... fidelidade”. Fidelidade abrange
responsabilidade e lealdade. Ela também compreende confiabilidade e
consistência. Observe a advertência das Escrituras: “Ora, além disso, o que se
requer dos despenseiros é que cada deles um seja encontrado fiel” (1 Coríntios
4.2).
“O fruto do Espírito é... mansidão”. Mansidão pode ser
explicada por termos como brandura e humildade. Essa qualidade de caráter
assume um significado especial quando recordamos as seguintes palavras de
Jesus: “Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim porque sou manso e humilde
de coração; e achareis descanso para a vossa alma” (Mateus 11.29).
“O fruto do Espírito é:... domínio próprio”. Domínio
próprio ou autocontrole é um tema fascinante, porque não é o que parece à
primeira vista. O pensamento humano natural assume que se refere a manter-se a
si mesmo sob controle. Uma descrição como essa se ajustaria bem a lista dada
nos versículos anteriores que dizem respeito às “obras da carne” (Gálatas
5.19). Aqui, ela descreve o Espírito de Deus mantendo controle sobre nossas
vidas.
Quando
refletimos sobre o fruto do Espírito, o caráter de Cristo imediata e
normalmente vem à mente. Isto é apropriado, visto que o fruto piedoso vem a nós
por meio da presença de Jesus em nossas vidas. “Cheios do fruto de justiça, o
qual é mediante Jesus Cristo, para a glória e louvor de Deus” (Filipenses
1.11). Quando vivemos na dependência do Espírito Santo, ele concede a vida de
Jesus, nossa videira verdadeira, a nossa experiência e por meio dela. O caráter
de Cristo é, então, visto em nós. Consequentemente, toda a glória e louvor são
dados a Deus.
Desejemos
ser mais semelhantes a Cristo, Oremos, clamando por isso. Reconheçamos que,
facilmente, podemos ser egoístas, inconsistentes e perder o controle. Compreendamos
que somente o Espírito Santo, operando em nós, pode produzir o fruto
necessário. Por isso, oremos, pedindo ao Senhor que atue profundamente em nós
por sua insubstituível graça, e para sua glória e louvor.