“Pela
fé, Abraão, quando posto à prova, ofereceu Isaque; estava mesmo para sacrificar
o seu unigênito aquele que acolheu alegremente as promessas, a quem se tinha
dito: Em Isaque será chamada a tua descendência; porque considerou que Deus era
poderoso até para ressuscitá-lo dentre os mortos, de onde também,
figuradamente, o recobrou” (Hebreus 11.17-19).
Como demonstrado
em nossa meditação anterior, Sara finalmente responder de modo apropriado à
promessa de Deus de dar-lhe um filho, apesar de sua idade avançada. Acerca
disso a Escritura diz: “Pela fé, também, a própria Sara recebeu poder para ser
mãe, não obstante o avançado de sua idade, pois teve por fiel aquele que lhe
havia feito a promessa” (Hebreus 11.11). Nos versículos de nossa presente
meditação, Abraão apresenta outra resposta apropriada às promessas de Deus.
O
cenário era, sem dúvida, o maior teste da peregrinação espiritual de Abraão. O
Senhor Deus havia feito grandes promessas a Abraão. Essas promessas incluíam
uma terra, uma grande nação, um grande Rei (o Messias), e bênçãos disponíveis a
todas as nações (salvação por meio do Messias). A fim de ter essas promessas
cumpridas, Abraão deveria recebeu o filho prometido. Como Sara, Abraão fracassou
um pouco ao longo do caminho. Ele cooperou com Sara no método carnal de trazer
o filho prometido por meio da serva de Sara. Observe atentamente o que a
Escritura narra: “Disse sarai a Abrão: Eis que o Senhor me tem impedido de dar
à luz filhos; toma, pois, a minha serva, e assim me edificarei com filhos por
meio dela. E Abrão anuiu ao conselho de sarai. Então, Sarai, mulher de Abrão,
tomou a Agar, egípcia, sua serva, e deu-a por mulher a Abrão, seu marido,
depois de ter ele habitado por dez anos na terra de Canaã. Ele a possuiu, e ela
concebeu. Vendo ela que havia concebido, foi sua senhora por ela desprezada”
(Gênesis 16.2-4). Igualmente, como Sara, Abraão riu em incredulidade; como está
escrito: “Então, se prostrou Abraão, rosto em terra, e se riu, e disse consigo:
A um homem de cem anos há de nascer um filho? Dará à luz Sara com seus noventa
anos? (Gênesis 17.17). Entretanto, Deus mostrou-se fiel e lhes deu Isaque; como
a Escritura registra: “Visitou o Senhor a Sara, como lhe dissera, e o Senhor cumpriu
o que lhe havia prometido. Sara concebeu e deu à luz um filho a Abraão na sua
velhice, no tempo determinado, de que Deus lhe falara. Ao filho que lhe nasceu,
que Sara lhe dera à luz, pôs Abraão o nome de Isaque” (Gênesis 21.1-3).
Finalmente,
após muitos anos de espera, o filho prometido e necessário chegou. Todavia, o
Senhor requereu que Isaque fosse colocado sobre o altar de Deus. Este era o
único filho que poderia cumprir as promessas; como a Escritura destaca,
dizendo: “estava mesmo para sacrificar o seu unigênito, a quem se tinha dito:
Em Isaque será chamada a tua descendência” (Hebreus 11.17-18). Isaque deve,
agora, ser devolvido para Deus. Pela fé, Abraão fez o impossível, colocando seu
filho sobre o altar. Abraão não viu discrepância entre a promessa e a ordem de
Deus; era seu papel obedecer à ordem, era papel de Deus cumprir suas promessas.
Assim, Abraão levou em conta o poder de Deus para, até mesmo, ressuscitar o
filho prometido. A habilidade de Deus foi a verdade sobre a qual este ato de fé
se colocou; pois a Escritura afirma: “porque considerou que Deus era poderoso
até para ressuscitá-lo dentre os mortos, de onde também figuradamente, o
recobrou” (Hebreus 11.19).
Do mesmo modo,
colocando-nos diante do Deus da ressurreição, no que diz respeito aos isaques
em nossa vida, os quais Deus deseja que coloquemos no altar de sua vontade e do
seu tempo, supliquemos que o Senhor nos ajude a concentrarmo-nos na sua
habilidade de ressuscitar aquilo que parece estar morto, ou que esteja
moribundo.