Precisamos refletir um pouco mais sobre a escolha crucial que se encontra
diante de nós todos os dias: inclinarmo-nos para a carne (nossa natureza
pecaminosa), ou inclinarmo-nos para o Espírito Santo (vivermos em dependência e
obediência). Para isso, observemos o que a Escritura nos diz em duas passagens:
“Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois, aquilo que o homem semear, isso
também ceifará. Porque o que semeia para a sua própria carne da carne colherá
corrupção; mas o que semeia para o Espírito do Espírito colherá vida eterna”
(Gálatas 6.7-8). “Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito,
para a vida e paz” (Romanos 8.6).
Um dos aspectos imutáveis do ser cristão é que Deus oferece apenas duas
escolhas para todas as questões que enfrentamos dia a dia, a saber, “inclinar-se
para a carne” ou “inclinar-se para o Espírito” (Romanos 8.5). De igual forma,
as consequências que acompanham essas opções são inevitáveis, por causa da
certeza da semeadura e da colheita. “Pois, aquilo que o homem semear, isso
também ceifará” (Gálatas 6.7). Quando uma semente de maçã é plantada, uma
macieira é a única árvore que brotará. Qualquer que seja o tipo de semente
colocada na terra, o único tipo de semente que será colhida é a que foi
plantada.
O texto em apreço revela que esses absolutos agrícolas
se aplicam perfeitamente ao plantio das sementes espirituais em nossas vidas.
Temos apenas dois tipos de sementes a plantar (“carne” ou “Espírito”), que levam
a apenas dois tipos de colheita (“corrupção” ou “vida eterna”). O primeiro tipo de semente e colheita oferece uma advertência agourenta. “Porque o que semeia para a sua própria carne da carne colherá corrupção” (Gálatas 6.8). A semente em vista aqui são as palavras, ações e atitudes que ocorrem do autosserviço à autossuficiência. A colheita predita para estas sementes carnais é descrita como “corrupção”. Isto se refere à destruição e decadência. Para uma pessoa que tem toda sua vida caracterizada: por semear “para a carne”, esta destruição será eterna. Isto descreve uma pessoa que nunca plantou qualquer semente de fé no Senhor Jesus Cristo. Essa pessoa morrerá no pecado e na culpa, separada de Deus pela eternidade. Para um novo nascido de Deus, que de modo persistente e intermitente entrega-se a tentações carnais, isto o adverte sobre a subsequente perda de vitalidade e frutificação espiritual na terra, agora, mais a perda de bênçãos celestiais, no futuro.
O segundo tipo de semente e colheita oferece uma expectativa encorajadora. “Mas o que semeia para o Espírito do Espírito colherá vida eterna” (Gálatas 6.8). A semente mencionada aqui são palavras, ações e atitudes que resulta de nossa humilde dependência do Espírito de Deus para operar em nós e por nosso intermédio. Isto leva a uma crescente colheita espiritual, descrita como “vida eterna”. Isto se assemelha a declaração de Jesus: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (João 10.10b). Jesus promete vida plena, agora, e grande recompensa na glória, no futuro.
Coloquemo-nos diante de nosso misericordioso Pai: humildemente arrependidos das várias ocasiões em que semeamos sementes carnais em palavras e ações, cuja colheita resultante foi sempre destrutiva; humildemente agradecidos pela purificação através do sangue de Cristo; e humildemente suplicando que produza em nossa vida uma nova colheita de abundância espiritual, mediante a ação graciosa do seu Espírito Santo.