domingo, 6 de dezembro de 2015

Mais sobre a escolha crucial: Carne ou Espírito



          Precisamos refletir um pouco mais sobre a esco­lha crucial que se encontra diante de nós todos os dias: inclinarmo-nos para a carne (nossa natureza pecaminosa), ou inclinarmo-nos para o Espírito Santo (vivermos em dependência e obediência). Para isso, observemos o que a Escritura nos diz em duas passagens: “Não vos enga­neis: de Deus não se zomba; pois, aquilo que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia para a sua própria carne da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito do Espírito colherá vida eterna” (Gálatas 6.7-8). “Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz” (Romanos 8.6).
          Um dos aspectos imutáveis do ser cristão é que Deus oferece apenas duas escolhas para todas as ques­tões que enfrentamos dia a dia, a saber, “inclinar-se para a carne” ou “inclinar-se para o Espírito” (Romanos 8.5). De igual forma, as consequências que acompanham essas opções são inevitáveis, por causa da certeza da semeadu­ra e da colheita. “Pois, aquilo que o homem semear, isso também ceifará” (Gálatas 6.7). Quando uma semente de maçã é plantada, uma macieira é a única árvore que bro­tará. Qualquer que seja o tipo de semente colocada na terra, o único tipo de semente que será colhida é a que foi plantada.
          O texto em apreço revela que esses absolutos agrícolas se aplicam perfeitamente ao plantio das semen­tes espirituais em nossas vidas. Temos apenas dois tipos de sementes a plantar (“carne” ou “Espírito”), que levam a apenas dois tipos de colheita (“corrupção” ou “vida eter­na”). 
          O primeiro tipo de semente e colheita oferece uma advertência agourenta. “Porque o que semeia para a sua própria carne da carne colherá corrupção” (Gálatas 6.8). A semente em vista aqui são as palavras, ações e atitudes que ocorrem do autosserviço à autossuficiência. A colheita predita para estas sementes carnais é descrita como “corrupção”. Isto se refere à destruição e decadên­cia. Para uma pessoa que tem toda sua vida caracterizada: por semear “para a carne”, esta destruição será eterna. Isto descreve uma pessoa que nunca plantou qualquer semente de fé no Senhor Jesus Cristo. Essa pessoa mor­rerá no pecado e na culpa, separada de Deus pela eterni­dade. Para um novo nascido de Deus, que de modo per­sistente e intermitente entrega-se a tentações carnais, isto o adverte sobre a subsequente perda de vitalidade e fruti­ficação espiritual na terra, agora, mais a perda de bênçãos celestiais, no futuro. 
          O segundo tipo de semente e colheita oferece uma expectativa encorajadora. “Mas o que semeia para o Espírito do Espírito colherá vida eterna” (Gálatas 6.8). A semente mencionada aqui são palavras, ações e atitudes que resulta de nossa humilde dependência do Espírito de Deus para operar em nós e por nosso intermédio. Isto leva a uma crescente colheita espiritual, descrita como “vida eterna”. Isto se assemelha a declaração de Jesus: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (João 10.10b). Jesus promete vida plena, agora, e grande re­compensa na glória, no futuro. 
          Coloquemo-nos diante de nosso misericordioso Pai: humildemente arrependidos das várias ocasiões em que semeamos sementes carnais em palavras e ações, cuja colheita resultante foi sempre destrutiva; humildemen­te agradecidos pela purificação através do sangue de Cristo; e humildemente suplicando que produza em nossa vida uma nova colheita de abundância espiritual, mediante a ação graciosa do seu Espírito Santo.