Precisamos investir um pouco mais de tempo na reflexão sobre o papel do Espírito Santo na vida e ministério terreno do Senhor Jesus Cristo. “O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou para curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados; a apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os que choram” (Isaías 61.1-2).
Nessa passagem profética da Escritura, vemos o
ministério de Cristo sendo atribuído à obra do Espírito Santo (como observado
antes na manifestação de seu caráter santo). “O Espírito do Senhor Deus está
sobre mim, porque o Senhor me ungiu”.
Mediante a capacitação do Espírito, Jesus foi enviado
para “pregar boas-novas aos quebrantados”. Essa expressão se refere ao
evangelho da salvação. “E percorria Jesus todas as cidades e povoados,
ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino” (Mateus 9.35). Esta
boa-nova de salvação deveria ser recebida por aqueles que admitissem sua
pobreza espiritual. “Bem-aventurados os humildes de coração (ou pobres de
espírito), porque deles é o reino dos céus” (Mateus 5.3).
Jesus também foi enviado para “curar os quebrantados
de coração”. O coração do homem pode ser quebrantado por muitas coisas:
condenação, senso de culpa, aflição, carência, traição e etc. Jesus conforta e
restaura aqueles que confiam nele. “Bem-aventurados os que choram, porque serão
consolados” (Mateus 5.4).
Igualmente, Jesus foi enviado para “proclamar libertação aos cativos e a
pôr em liberdade os algemados”. Como ocorreu com o cativo Israel no passado, as
pessoas hoje são escravas do sistema do mundo. Elas se tomaram escravas do
pecado, cativas dos pensamentos mundanos, algemadas pelos maus hábitos e
prisioneiras pelos relacionamentos ímpios. Jesus é o grande libertador de todo
aquele que clama por ele e, consequentemente, se alimenta de sua palavra
inspirada. “E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”.... “Se, pois,
o Filho vos libertar verdadeiramente sereis livres” (João 8.32, 36).
Além disso, Jesus foi enviado para “apregoar o ano
aceitável do Senhor”. Essa expressão fala de toda a era da graça, por meio da
qual vidas são aceitas por Deus mediante a fé em seu Filho amado, e
enriquecidas por Cristo com riquezas espirituais imensuráveis. “Bendito o Deus
e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de
bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo,... para louvor da glória de
sua graça que ele nos concedeu gratuitamente no Amado” (Efésios 1.3, 6).
Finalmente, Jesus foi enviado para “apregoar... o dia
da vingança do nosso Deus”. Certamente não é algo agradável de ouvir, mas a
pregação feita por Jesus também incluía anúncio do dia do julgamento divino. Um
dia no qual todos os serem humanos comparecerão perante o tribunal de Deus a
fim de receberem a devida punição por seus pecados. Um dia para o qual podemos
e devemos nos preparar mediante o arrependimento e a fé no Salvador Jesus
Cristo. “O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo; arrependei-vos
e crede no evangelho” (Marcos 1.14).
Nós também somos enviados para ministrar. “Assim como
o Pai me enviou, eu também vos envio” (João 20.21). Como ocorreu com Jesus,
somente podemos cumprir nosso chamado pelo mesmo Espírito Santo que o capacitou
para seu ministério.
Coloquemos
de joelhos diante de nosso amado Pai celestial, suplicando que aplique em nós
todos esses ministérios da graça de Jesus em sua plenitude; rogando que nos
capacite por meio do seu Santo Espírito a ir em nome de Jesus, oferecendo essas
mesmas realidades a outras pessoas que necessitam delas; e colocando nossa
esperança de eficácia nesse ministério na unção capacitadora do Espírito Santo.