terça-feira, 29 de julho de 2014

Sob a Graça, Não sob a Lei


            Encontramos, nas Escrituras, uma estupenda e abençoadora declaração acerca de como Deus trata completa e definitivamente o problema do pecado no ser humano. Ela diz: “Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça” (Romanos 6.14).
            Quando Adão e Eva desobedeceram a Deus, no Éden, eles não apenas cometeram um pecado pessoal; mas, como representante da raça humana, o pecado de Adão representou o pecado de todos os seres humanos. Adão, Eva e todos os seres humanos foram condenados por Deus à morte, conforme os termos da Aliança das Obras, tornaram-se todos pecadores e, mais que isso, tornaram-se escravos do pecado. Pois a Escritura diz: “Não sabeis que daquele a quem vos ofereceis como servos para obediência, desse mesmo a quem obedeceis sois servos, seja do pecado para a morte ou da obediência para a vida?” (Romanos 6.16)
Todos os seres humanos são escravos do pecado. E o pecado domina a vida de todas as pessoas, a menos que elas descubram o remédio de Deus – a graça de Deus manifestada em Jesus Cristo. A graça de Deus é a nossa única esperança de que o pecado não terá mais domínio sobre nossas vidas. Além disso, a graça é toda esperança que necessitamos de que o pecado não precisa mais exercer influência dominante sobre nós.
            Antes de abraçarmos a fé em Jesus Cristo, estamos completamente sob o domínio do pecado. Estamos condenados diante de Deus por causa do pecado de Adão e de nossos próprios pecados. As pessoas ao nosso redor podem não estar conscientes de nossa real condição pecaminosa. Entretanto, somos tão controlados pelo pecado, estamos de tal modo sob sua influência, que Deus nos chama de “escravos do pecado” (Romanos 6.6).
            A Lei não nos traz qualquer esperança de libertação. De fato, a Lei de Deus, além de não ser dada com esse propósito, nos condena (Romanos 3.19). Nunca poderemos encontrar liberdade da condenação do pecado, nem de sua escravidão, mediante a tentativa de fazer o melhor sob a Lei de Deus, pois a Escritura diz: “o homem não é justificado por obras da lei, e sim mediante a fé em Cristo Jesus, também temos crido em Cristo Jesus, para que fôssemos justificados pela fé em Cristo e não por obras da lei, pois, por obras da lei, ninguém será justificado” (Gálatas 2.16).
            Por outro lado, a graça de Deus é nossa esperança completamente eficaz. Há perdão dos pecados por sua graça (Efésios 1.7). Há justificação por meio da fé por pela graça de Deus (Gálatas 2.16). Há crescimento na vida espiritual pela graça de Deus (2 Pedro 3.18). Nenhuma dessas bênçãos celestiais, ou qualquer outra, torna-se nossa mediante a tentativa de viver segundo os altos padrões do Deus Todo-poderoso por nossas próprias habilidades.
            Nosso relacionamento com o Senhor está baseado na graça, não na lei. Começamos a andar com o Senhor por sua graça operando em nós. Continuamos a andar com ele por sua graça operando em nossas vidas. Por meio do apóstolo Paulo, o Espírito Santo questiona os cristãos da Galácia, dizendo: “Sois assim insensatos que, tendo começado no Espírito, estejais, agora, vos aperfeiçoando na carne?” (Gálatas 3.3). Isto é, a jornada daquelas pessoas com Cristo começou mediante a aplicação da graça de Deus em Cristo no coração delas, mas, agora, elas estavam sendo incitados a viver e progredir nessa jornada por meio de seus próprios esforços carnais. É assim que devia ser? Não! Não devia, nem deve ser hoje.
            Regozijemo-nos grandemente em Deus, por estarmos sob sua graça e não sob sua lei. A santa lei de Deus corretamente nos condena por causa de nossas transgressões contra ele. Rendamos graças pelo perdão de Deus por nossos pecados mediante sua gloriosa graça. Louvemos a Deus por justificar-nos, declarando-nos sem culpa aos seus olhos, por causa da riqueza de sua graça. O exaltemos por continuamente tocar e moldar nossas vidas por meio de sua graça inextinguível, em Cristo Jesus.