domingo, 12 de abril de 2015

A Nova Aliança: Graça, não Lei



Voltemos ao Antigo Testamento, ao livro de Jeremias, onde encontramos o Senhor dizendo: “Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá. Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar do Egito; porquanto eles anularam a minha aliança, não obstante eu os haver desposado, diz o Senhor” (Jeremias 31.31-32). Olhemos, agora, para o livro de Atos e observemos as palavras do apóstolo Paulo: “Porém em nada considero a vida preciosa para mim mesmo, contanto que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus para testemunhar o evangelho da graça de Deus” (Atos 20.24).
            A antiga aliança da lei foi a aliança que Deus fez com Israel; ela foi feita “no dia em que os tomei pela mão, para os tirar do Egito”. A promessa feita por meio de Jeremias é a de que, algum dia, o Senhor fará um tipo diferente de aliança, “não conforme a aliança que fiz com seus pais”. Esta nova aliança é a aliança da graça, estabelecida por meio de Jesus Cristo. E o testemunho das Escrituras é este: “Porque a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo” (João 1.17).
            Para o homem, a Lei de Deus é um caminho impossível de relacionamento com Deus. Ela requer perfeição, mas não oferece ajuda para produzi-la. Ela é competente, contudo, para convencer o homem de sua necessidade da graça de Cristo encontrada na nova aliança. “De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé” (Gálatas 3.24).
            Agora, vivemos e proclamamos esta nova aliança da graça, o “novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu” (Hebreus 10.20). Esta foi a missão e a mensagem da qual o apóstolo Paulo falou: “o ministério que recebi do Senhor Jesus para testemunhar o evangelho da graça de Deus” (Atos 20.24). O evangelho todo fala acerca da graça de Deus, não sobre a lei. A Bíblia afirma: “Por causa da esperança que vos está preservada nos céus, da qual antes ouvistes pela palavra da verdade do evangelho, que chegou até vós; como também, em todo o mundo, está produzindo fruto e crescendo, tal acontece entre vós, desde o dia em que ouvistes e entendestes a graça de Deus na verdade” (Colossenses 1.5-6).
            A palavra “evangelho” significa “notícias alegres” ou “boas-novas”. As boas-novas da graça de Deus provida por meio de Jesus Cristo é a mensagem mais importante em toda a criação. De fato, o evangelho da graça é uma notícia tão boa que alguns incrédulos, inicialmente, a rejeitaram como sendo “boa de mais para ser verdade”. Na verdade, é uma realidade assustadora considerar que perdão, justificação e novo nascimento estão disponíveis “pela graça,... mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras” (Efésios 2.8-9).
            Talvez não nos surpreenda o fato de que alguns crentes reagem da mesma maneira quando começam a pensar na mensagem da graça para seu crescimento e santificação. Ouvir que a vida cristã toda deve ser “graça sobre graça” (João 1.16) pode parecer, à primeira vista, “bom demais para ser verdade”.
            Às vezes, perguntamos (ou outros perguntam para nós), “Não há qualquer responsabilidade humana no plano de salvação de Deus?” O salvo e o não salvo, igualmente, devem estar desejosos de responder à oferta da graça de Deus em Cristo. Todos nós devemos nos relacionar corretamente com o Senhor Jesus para usufruir de cada obra da graça, porque é “a graça de nosso Senhor Jesus Cristo” (2 Coríntios 8.9). Devemos buscá-lo e confiar nele em todas as questões e em todas as áreas de nossa vida.
            Rendamos graças ao Senhor, nosso Deus, pela gloriosa boa-nova de sua graça, e por nos fazer participantes da nova aliança da graça, em Cristo Jesus. Oremos, pedindo que ele nos ajude a não considerar a graça transformadora como algo bom demais para ser verdade. Olhemos para o Senhor Jesus, busquemos sua graça e confiemos nele dia a dia para nosso crescimento e santificação.