Voltemos
ao Antigo Testamento, ao livro de Jeremias, onde encontramos o Senhor dizendo: “Eis
que vêm dias, diz o Senhor, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e
com a casa de Judá. Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que
os tomei pela mão, para os tirar do Egito; porquanto eles anularam a minha
aliança, não obstante eu os haver desposado, diz o Senhor” (Jeremias 31.31-32).
Olhemos, agora, para o livro de Atos e observemos as palavras do apóstolo
Paulo: “Porém em nada considero a vida preciosa para mim mesmo, contanto que
complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus para
testemunhar o evangelho da graça de Deus” (Atos 20.24).
A
antiga aliança da lei foi a aliança que Deus fez com Israel; ela foi feita “no
dia em que os tomei pela mão, para os tirar do Egito”. A promessa feita por
meio de Jeremias é a de que, algum dia, o Senhor fará um tipo diferente de
aliança, “não conforme a aliança que fiz com seus pais”. Esta nova aliança é a
aliança da graça, estabelecida por meio de Jesus Cristo. E o testemunho das
Escrituras é este: “Porque a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a
verdade vieram por meio de Jesus Cristo” (João 1.17).
Para
o homem, a Lei de Deus é um caminho impossível de relacionamento com Deus. Ela
requer perfeição, mas não oferece ajuda para produzi-la. Ela é competente, contudo,
para convencer o homem de sua necessidade da graça de Cristo encontrada na nova
aliança. “De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a
fim de que fôssemos justificados por fé” (Gálatas 3.24).
Agora,
vivemos e proclamamos esta nova aliança da graça, o “novo e vivo caminho que
ele nos consagrou pelo véu” (Hebreus 10.20). Esta foi a missão e a mensagem da
qual o apóstolo Paulo falou: “o ministério que recebi do Senhor Jesus para
testemunhar o evangelho da graça de Deus” (Atos 20.24). O evangelho todo fala
acerca da graça de Deus, não sobre a lei. A Bíblia afirma: “Por causa da
esperança que vos está preservada nos céus, da qual antes ouvistes pela palavra
da verdade do evangelho, que chegou até vós; como também, em todo o mundo, está
produzindo fruto e crescendo, tal acontece entre vós, desde o dia em que
ouvistes e entendestes a graça de Deus na verdade” (Colossenses 1.5-6).
A
palavra “evangelho” significa “notícias alegres” ou “boas-novas”. As boas-novas
da graça de Deus provida por meio de Jesus Cristo é a mensagem mais importante
em toda a criação. De fato, o evangelho da graça é uma notícia tão boa que
alguns incrédulos, inicialmente, a rejeitaram como sendo “boa de mais para ser
verdade”. Na verdade, é uma realidade assustadora considerar que perdão,
justificação e novo nascimento estão disponíveis “pela graça,... mediante a fé;
e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras” (Efésios 2.8-9).
Talvez
não nos surpreenda o fato de que alguns crentes reagem da mesma maneira quando
começam a pensar na mensagem da graça para seu crescimento e santificação. Ouvir
que a vida cristã toda deve ser “graça sobre graça” (João 1.16) pode parecer, à
primeira vista, “bom demais para ser verdade”.
Às
vezes, perguntamos (ou outros perguntam para nós), “Não há qualquer responsabilidade
humana no plano de salvação de Deus?” O salvo e o não salvo, igualmente, devem estar
desejosos de responder à oferta da graça de Deus em Cristo. Todos nós devemos
nos relacionar corretamente com o Senhor Jesus para usufruir de cada obra da
graça, porque é “a graça de nosso Senhor Jesus Cristo” (2 Coríntios 8.9).
Devemos buscá-lo e confiar nele em todas as questões e em todas as áreas de
nossa vida.
Rendamos graças ao Senhor, nosso
Deus, pela gloriosa boa-nova de sua graça, e por nos fazer participantes da
nova aliança da graça, em Cristo Jesus. Oremos, pedindo que ele nos ajude a não
considerar a graça transformadora como algo bom demais para ser verdade.
Olhemos para o Senhor Jesus, busquemos sua graça e confiemos nele dia a dia
para nosso crescimento e santificação.