segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Intimidade do relacionamento em Cristo



A nova aliança da graça, da qual participamos, nos coloca em uma nova situação – um relacionamento íntimo com Jesus Cristo. Observe o que o Senhor diz por meio do apóstolo Paulo: “Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de Cristo” (Efésios 2.13).
            Começamos a ver que a nova aliança da graça é uma aliança de relacionamento. A simples expressão “em Cristo Jesus” indica o nível da intimidade que está disponível pela graça. “Em Cristo Jesus” é onde vivemos espiritualmente. É também como vivemos. Tão certo como um peixe está no oceano e vive dependente dos recursos do oceano, nós estamos “em Cristo Jesus” e vivemos dependendo dos recursos de Cristo. Tão certo como uma criança em gestação está no ventre materno e vive na dependência dos recursos da mãe, nós estamos “em Cristo Jesus” e vivemos na dependência da vida de Cristo.
            Nós, que cremos em Cristo Jesus, não somos apenas “aproximados pelo sangue de Cristo” (Efésios 2.13), somos unidos a ele em uma “harmoniosa intimidade”, como o corpo está intimamente unido a sua cabeça. Pois a Escritura declara, “Ele é a cabeça do corpo, da igreja” (Colossenses 1.18). Podemos nos relacionar com o Senhor de modo mais íntimo do que os membros do corpo físico podem se relacionar com a cabeça física. Podemos esperar de Jesus direção e coordenação. Podemos depender dele para planejar e dirigir toda nossa vida; e também para determinar o tempo mais apropriado para cada coisa nela. Podemos perceber que ele monitorará, sustentará e ajustará nossas situações.
            Essa união de intimidade também é semelhante a uma videira e seus ramos. Note a comparação feita pela Bíblia, “Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer” (João 15.5). Podemos confiar em Cristo como nossa fonte de vida. Não precisamos produzir vida por nós mesmos. Podemos nos concentrar continuamente (dependendo) nele. Ele torna nossa vida frutífera e eficaz.
            O relacionamento íntimo que o Senhor deseja desenvolver em nós também é comparado à união entre o esposo e a esposa. Note a afirmação da Escritura, “Assim, meus irmãos, também vós morrestes relativamente à lei, por meio do corpo de Cristo, para pertencerdes a outro, a saber, aquele que ressuscitou dentre os mortos, a fim de que frutifiquemos para Deus” (Romanos 7.4). Podemos contar com o amor fiel e sacrificial de Jesus por nós. Podemos descansar em sua companhia constante, pois ele promete nunca deixar-nos, por qualquer motivo que seja, durante toda nossa peregrinação aqui na terra.
            Quais bênçãos são nossas “em Cristo Jesus”, para o presente e para a eternidade? Unidos intimamente a Cristo, nada pode nos separar do amor e da bondade que ele tem para conosco: “Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem poderes, nem altura, nem profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 8.38-39). “Para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus” (Efésios 2.7).
            Então, colocando-nos em oração diante do Senhor Jesus, deixemo-nos ser completamente dominados pela intimidade que está disponível para nós agora que estamos unidos a Cristo; procuremos depender dele como nossa videira, segui-lo como nossa cabeça e amá-lo como nosso esposo; e roguemos para que ele continue nos mostrando as implicações, atuais e eternas, de estarmos unidos a Cristo Jesus.