Dediquemos um pouco miais de tempo meditando sobre o
orar pedindo a plenitude do Espírito Santo em nós. Para isso, observemos o que
o Senhor Jesus diz conforme o registro de Lucas: “Por isso. Vos digo: Pedi, e
dar-se-vos-á; buscai, e achareis batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede
recebe; o que busca encontra; e a quem bate, abrir-se-lhe-á. ... Ora, se vós
que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o Pai
celestial dará o Espírito Santo àqueles que lhe pedirem?” (Lucas 11.9-10, 13).
Aqui, novamente, a obra do Espírito em nossas vidas é
associada a oração. Orar é aquele maravilhoso meio ordenado por Deus de
relacionamento com ele em humildade e fé (os dois meios pelos quais acessamos a
graça). Na oração, admitimos humildemente que necessitamos da Deus. Na oração,
exercitamos o dom da fé para com Deus, o qual agirá em nosso favor. Nós oramos,
e o Senhor Deus, por sua graça soberana, se move pelo Espírito Santo
derramando toda graça necessária a qualquer situação ou circunstância.
Vimos isto na meditação anterior. “Para que, segundo a
riqueza da sua glória, vos conceda que sejais fortalecidos com poder, mediante
o seu Espírito no homem interior, e, assim, habite Cristo em vosso coração,
pela fé, estando vós arraigados e alicerçados em amor, a fim de poderdes
compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o cumprimento, e a
altura, e a profundidade e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento,
para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus” (Efésios 3.16-19). Aqui, a
oração é a avenida para sermos cheios da abundante obra do Espírito em nossas
vidas. Humildemente pedimos; o Senhor opera fielmente. Este é, precisamente, o
ensino de Jesus na passagem de Lucas, acima.
O final da mensagem de Jesus envolve o Espírito sendo
dado àquele que pedir. O Senhor diz: “Quanto mais o Pai celestial dará o
Espírito Santo àqueles que lhe pedirem?” É também assim que o texto da
Escritura começa, observe, “Por isso, vos digo: Pedi e dar-se-vos-á; buscai, e
achareis; batei, e abrir-se-vos-á.” Existem três ordens paralelas, seguidas por
três promessas paralelas. Quem recebe a plenitude do Espírito? Aquele que a
pede a Deus. Quem experimenta a obra capacitadora de vida que todo filho de
Deus deve ter? Aquele que busca a Deus para concedê-la. Quem é inundado com o
derramamento do Espírito de Deus? Aquele que bate com a oração nas portas do
céu.
Então, para tomar esses três pares de “ordem-promessa”
ainda mais seguros, Jesus adiciona mais três declarações de certeza. “Pois todo
o que pede recebe; o que busca encontra; e a quem bate, abrir-se-lhe-á.” São
três absolutos. Não há exceções. Aquele que genuinamente pede, busca ou bate
pode seguir seu caminho pela fé, sabendo que o Senhor atenderá por meio da obra
do seu Espírito nele.
Assim como com a ordem anterior para ser cheio do
Espírito Santo (Efésios 5.18), esses imperativos também estão no tempo
presente. Eles podem ser traduzidos: continuar pedindo, continuar buscando,
continuar batendo. Novamente, esse é um modo de vida, não um evento único. É
algo contínuo e diário, não um acontecimento único, realizado uma única vez. É
um modo de vida.
Coloquemo-nos
em oração diante do Doador de todo bem e dom perfeito, pedindo humildemente por
uma fresca e nova ação do seu Espírito em nós; descansando em sua promessa de
conceder-nos o que pedimos; e deixando que ele manifeste sua plenitude em nós
da maneira como ele deseja.