terça-feira, 19 de junho de 2018

A promessa de um novo coração da Nova Aliança


            “Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne” (Ezequiel 36.26).
            Para se viver em obediência à vontade de Deus, a pessoa necessita de mais do que simplesmente seus melhores esforços e intenções próprios. A história de Israel demonstra isto de modo enfático. Deus deu sua lei. Ele lhes deu uma ordem, dizendo, “Eu sou o Senhor, vosso Deus; andai nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e praticai-os” (Ezequiel 20.19). Israel prometeu obedecer, dizendo, “Tudo o que falou o Senhor faremos e obedeceremos” (Êxodo 24.7). Todavia, Israel falhou miseravelmente, pois lemos: “Mas também os filhos se rebelaram contra mim e não andaram nos meus estatutos, nem guardaram os meus juízos, os quais, cumprindo-os o homem, viverá por eles; antes, profanaram os meus sábados. Então, eu disse que derramaria sobre eles o meu furor; para cumprir contra eles a minha ira no deserto” (Ezequiel 20.21).
            A fim de viver vidas obedientes, as pessoas precisam de uma nova vida originada em Deus, acompanhado do entendimento de como desenvolver esta nova vida. Aqui, vemos uma promessa de Deus, ele promete fornecer esta nova vida. O Senhor diz, “Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo”. Estas promessas estão relacionadas à nova aliança da graça que os profetas anunciaram a Israel. Eles disseram como Jeremias, “Eis aí vêm dias, diz o Senhor, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá. Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porquanto eles anularam a minha aliança” (Jeremias 31.31-32). O livro de Hebreus desenvolve esta nova aliança e a aplica à igreja atual, dizendo, “Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne” (Hebreus 10.19-20).
            Quando alguém abraça a graça de Deus oferecida em Jesus Cristo (o Mediador, o grande sumo sacerdote da nova aliança), essa pessoa nasce de novo por meio do Espírito de Deus. Pois, como diz a Escritura: “O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito” (João 3.6). Isto é necessário, pois, “Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus” (João 3.3); e “Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus (João 3.5). A pessoa “nascida da carne” traz consigo um coração espiritual de pedra, duro e insensível (um espírito morto). O novo nascimento espiritual, feito pelo Deus Espírito Santo, substitui este coração de pedra (este espírito morto, sem reação), visto que Deus dá “novo coração” e coloca “espírito novo”.
            Pense sobre nossa desesperada necessidade desta obra de Deus, a qual traz um novo coração, uma nova vida, para nós. Aqueles que não nascem de novo são descritos como vivendo “obscurecidos de entendimento, alheios à vida de Deus por causa da ignorância em que vivem, pela dureza do seu coração, os quais, tendo-se tornado insensíveis, se entregaram à dissolução para, com avidez, cometerem toda sorte de impureza” (Efésios 4.18-19). Todavia, quem confia na graça de Deus oferecida em Jesus Cristo, torna-se um filho recém-nascido de Deus. Como o Espírito diz: “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” (2 Coríntios 5.17).
            Por isso, colocando-nos de joelhos diante do Senhor, nosso Deus, o doador da nova vida, o louvemos por substituir nosso velho, duro e morto coração por um novo, vivo e sensível; e supliquemos que ele nos faça crescer nessa novidade de vida que está em Cristo Jesus, nosso Salvador e Senhor.