segunda-feira, 15 de julho de 2013

O Perigo da Negligência



            Como cristãos estamos expostos a vários perigos. Satanás, nosso adversário, com astúcia e sagacidade, lança “dardos inflamados” a fim de influenciar nosso pensamento e comportamento. Entre eles encontra-se o dardo da negligência. A palavra grega, traduzida como negligente, tem o sentido de ser lento, ser lerdo, ser vagaroso, ser indolente, ser apático. Como exemplo, em Hebreus 5.11, encontramos “tardios em ouvir”; em Hebreus 6.12, “indolentes”; e em Provérbios 12.8, “lento de coração”. Seu objetivo com esse dardo é fazer-nos indolentes e apáticos – negligentes – quanto às coisas de Deus. Assim, a negligência é perigosa pelo menos por três motivos.
            Em primeiro lugar, a negligência é perigosa, porque ela faz com que Deus se desagrade de nós. Caim e Abel gozaram da bênção de adorar a Deus (Gênesis 4.1-7). No entanto, Caim foi negligente para com essa bênção, o que provocou o desagrado de Deus. A Escritura diz que “de Caim e de sua oferta não se agradou” o Senhor.
            A negligência é perigosa, em segundo lugar, porque ela faz com que Deus se aborreça de nós. Deus concedeu a Esaú a bênção do direito de primogenitura. Contudo, Esaú desprezou essa bênção, vendeu-a a preço de um prato de comida e foi negligente para com ela. O resultado, Deus se aborreceu de Esaú, isto é, Deus não amou Esaú.
            Em terceiro, a negligência é perigosa porque ela faz com que Deus nos rejeite. Os filhos de Eli, Hofni e Finéias, gozavam da bênção de serem sacerdotes de Deus, e se tornariam sumo sacerdotes, mais tarde. Entretanto, procederam mau e abusaram de seus privilégios. Deus os advertiu quanto a seu comportamento, contudo eles foram indolentes, tardios em ouvir, negligentes. Como consequência, Deus os rejeitou como sacerdotes.
            Nós, cristãos, gozamos de privilégios espirituais: adorar a Deus, direitos de filiação, sacerdócio etc. Nós, cristãos, corremos o risco de, influenciados pelo dardo inflamado de Satanás, sermos indolentes, de tratarmos os privilégios espirituais com negligência, de usufruirmos das bênçãos com apatia. Faz-se necessário estarmos alertas a este perigo, usarmos o escudo da fé para deter e apagar esse dardo inflamado, empregarmos toda diligência e buscarmos graça e força em Deus, a fim de não nos tornarmos negligentes, indolentes ou apáticos.