“E, visto que não é sem prestar juramento (porque aqueles, sem juramento,
são feitos sacerdotes, mas este, com juramento, por aquele que disse: ‘O Senhor
jurou e não se arrependerá: Tu és sacerdote para sempre); por isso mesmo, Jesus
se tem tornado fiador de superior aliança. Ora, aqueles são feitos sacerdotes
em maior número, porque são impedidos pela morte de continuar; este, no
entanto, porque continua para sempre, tem o seu sacerdócio imutável. Por isso,
também pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre
para interceder por eles” (Hebreus 7.20-25).
Um dos aspectos superiores da nova
aliança da graça é Jesus, nosso sumo sacerdote. Os sacerdotes sob a Lei eram
homens que serviam por um tempo limitado e, então, morriam. Sob a graça, nosso
sumo sacerdote serve para sempre. Jesus recebeu seu sacerdócio “não conforme a
lei de mandamento carnal, mas segundo o poder de vida indissolúvel” (Hebreus
7.16).
Os sacerdotes sob a Lei eram filhos
de Arão, da tribo de Levi. Cada um servia como um breve lembrete do perfeito
sacerdote que um dia traria uma aliança superior à da Lei. Observe o que a
Escritura diz: “Se, portanto, a perfeição houvera sido mediante o sacerdócio
levítico (pois nele baseado o povo recebeu a lei), que necessidade haveria
ainda de que se levantasse outro sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque, e
que não fosse contado segundo a ordem de Arão? (Hebreus 7.11) Este era um
sacerdócio temporário, que requeria numerosos sacerdotes, pois “aqueles são
feitos sacerdotes em maior número, porque são impedidos pela morte de
continuar” (Hebreus 7.23). O sacerdócio de Jesus nunca será transferido para
outro, porque ele é o eterno Filho de Deus; por isso a escritura afirma: “Este,
no entanto, porque continua para sempre, tem o seu sacerdócio imutável”
(Hebreus 7.24).
Jesus, nosso eterno sumo sacerdote,
é um sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque, como está escrito: “Porque
este Melquisedeque, rei de Salém, sacerdote do deus Altíssimo, que saiu ao
encontro de Abraão, quando voltava da matança dos reis, e o abençoou, para o
qual também Abraão separou o dízimo de tudo 9primeiramente se interpreta a lei
de justiça, depois também é rei de Salém, ou seja rei de paz; sem pai, sem mãe,
sem genealogia; que não teve princípio de dias, nem fim de existência,
entretanto, feito semelhante ao Filho de Deus), permanece sacerdote
perpetuamente” (Hebreus 7.1-3). Melquisedeque foi a pessoa que trouxe pão e
vinho a Abraão quando este retornou vitorioso de uma batalha (veja Gênesis 14).
Não há menção da genealogia de Melquisedeque, não há registro do começo ou do
fim de seus dias de serviço sacerdotal. Nisto, ele foi semelhante ao Filho de
Deus: eterno. Assim, ele ilustra o sacerdócio de Jesus: eterno. Isto faz de
Jesus (o provedor da graça) um sumo sacerdote superior aos que serviram sob a
Lei; como afirma a Escritura: “por isso mesmo, jesus se tem tornado fiador de
superior aliança” (Hebreus 7.22).
Ora, aquele que morreu por nós (para perdoar
nossos pecados) está sempre intercedendo por nós (para que sejamos
completamente resgatados de tudo quanto nos ameaça); “Por isso, também pode
salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para
interceder por eles” (Hebreus 7.25).
Portanto,
colocando-nos de joelhos, em oração, reconheçamos a Jesus como nosso grande e
eterno sumo sacerdote, cujo sacerdócio nunca terá fim; descansemos confiantes
em suas orações intercessoras a nosso favor, a fim de que sejamos libertos de
tudo que possa vir contra nós.