terça-feira, 8 de agosto de 2017

Antiga ou Nova Aliança: Suficiência do homem ou de Deus



“O qual nos habilitou para sermos ministros de uma nossa aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica” (2 Coríntios 3.6); “Mas os sentidos deles se embotam. Pois até ao dia de hoje, quando fazem a leitura da antiga aliança, o mesmo véu permanece, não lhes sendo revelado que, em Cristo, é removido” (2 Coríntios 3.14).
            Temos visto que as características piedosas são desenvolvidas em nossas vidas por meio da atuação da graça de Deus dentro de nós. Iniciaremos, agora, um assunto intimamente relacionado a este: um contraste entre viver pela antiga aliança ou viver pela nova aliança (pela lei ou pela graça). As contínuas escolhas que fazemos aqui determinam se viveremos com base na suficiência do homem ou com base na suficiência de Deus. Vários termos contrastantes, os quais descrevem essas escolhas significativas, são expostas no terceiro capítulo da Segunda Carta aos Coríntios. Os versículos 6 e 14 fornecem o contexto básico – as diferenças entre a nova e a antiga aliança – “Deus, o qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança” (...) “Pois até ao dia de hoje, quando fazem a leitura da antiga aliança, o mesmo véu permanece”.
            Uma das diferenças mais drásticas entre o viver com base na antiga aliança ou o viver pela nova aliança é vista no versículo 3, que diz: “estando já manifestos como carta de Cristo, produzida pelo nosso ministério, escrita não com tinta, mas pelo Espírito do Deus vivente, não em tábuas de pedra, mas em tábuas de carne, isto é, nos corações” (2 Coríntios 3.3). As pessoas escrevem cartas em papel e usam tinta para registrar sua mensagem. Deus escreve sua mensagem na vida das pessoas usando seu Espírito como instrumento. Que vívido contraste, “tinta” versus “o Espírito do Deus vivente”! A tinta é um recurso natural. Ela encontra-se disponível a toda a humanidade, sem levar em consideração seu relacionamento com Deus. A tinta não é uma entidade doadora de vida ou de desenvolvimento. Ela é um mero elemento do reino do homem. Quando escolhemos viver com base na antiga aliança (a lei), os únicos recursos de que dispomos são os recursos humanos. Escrevemos nossa própria carta de vida, e escolhemos a suficiência do homem, não a de Deus. Esses recursos são espiritualmente tão impotentes quanto a tinta.
            Por outro lado, aquele que vive com base na nova aliança da graça tem o Espírito Santo como seu fornecedor, para trazer a poderosa e celestial suficiência de Deus. Pense sobre a radical diferença, tinta versus o Espírito Santo. Deus deseja que dependamos de seu Espírito. Ele deseja que vivamos com base na suficiência de Deus, não com base na nossa.
            Por isso, coloquemo-nos em oração diante de nosso bondoso Senhor, que sabe quão frequentemente dependemos daquilo que não possui mais poder espiritual que a tinta; que conhece a esperança que colocamos, ingenuamente, em nossa determinação, em nossa personalidade, em nossa tenacidade e em nós mesmos. Roguemos seu perdão, e expressemos nosso desejo de sermos regularmente guiados por sua Palavra, aprendendo a depender do Senhor para atual poderosamente em nossa vida mediante o seu Santo Espírito.