Esses versículos contrastam a antiga
aliança da lei (“aquela primeira aliança”) com a nova aliança da graça
(“segunda”). A antiga aliança da lei é boa, mas a nova aliança da graça é muito
melhor. A lei é ordenada por Deus, mas ela nunca pode trazer as pessoas ao que
Deus deseja que elas experimentem.
A lei é boa, mas apenas se ela for
usada de modo apropriado; como diz a Escritura: “Sabemos, porém, que a lei é
boa, se alguém dela se utiliza de modo legítimo, tendo em vista que não se
promulga lei para quem é justo, mas para transgressores e rebeldes,
irreverentes e pecadores, ímpios e profanos, parricidas e matricidas,
homicidas, impuros, sodomitas, raptores de homens, mentirosos, perjuros e para
tudo quanto se opõe à sã doutrina” (1 Timóteo 1.8-9). A uso válido da lei de
Deus pertence aos injustos, aos rebeldes. A lei não é designada para produzir
pessoas justas diante de Deus (justificação), pois a Escritura afirma: “Sabendo,
contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, e sim mediante a fé em
Cristo Jesus, também temos crido em cristo Jesus, para que fôssemos
justificados pela fé em Cristo e não por obras d alei, pois, por obras da lei,
ninguém será justificado” (Gálatas 2.16). A lei não teve a intensão nem mesmo
de desenvolver um andar piedoso (santificação), naqueles que são justificados
por meio da fé em Cristo, visto que a Escritura declara: “pois a lei nunca
aperfeiçoou coisa alguma” (Hebreus 7.19). O uso apropriado da lei visa levar a
pessoas à graça de Deus encontrada em Jesus Cristo, como está escrito: “De
maneira que a lei nos serviu de aio para conduzir a Cristo, a fim de que
fôssemos justificados por fé” (Gálatas 3.24).
A graça é muito melhor que a lei. Se
a lei não tivesse carência, então Deus nunca teria enviado seu Filho para
morrer a fim de estabelecer a nova aliança. Observe o que é dito em Hebreus,
“Porque, se aquela primeira aliança tivesse sido sem defeito, de maneira alguma
estaria sendo buscado lugar para uma segunda”. Visto que a lei era carente (em
relação à justificação e santificação), o plano de Deus incluiu a nova aliança
da graça; como informa nosso texto: “E, de fato, repreendendo-os, diz: ‘Eia aí
vêm dias, diz o Senhor, e firmarei nova aliança”. A nova aliança da graça tem
Jesus, o doador da vida, como o Mediador; como expressa Hebreus, “Agora, com
efeito, obteve Jesus ministério tanto mais excelente, quanto é ele também
Mediador de superior aliança”. Essa nova aliança também tem promessas maiores
que as da lei, como está escrito: “superior aliança instituída com base em
superiores promessas”. Nas próximas meditações, examinaremos os aspectos
superiores da graça de Deus.
Entretanto, precisamos
nos colocarem oração diante de nosso amado Pai celestial, concordando que ele
de que sua Lei é boa, visto que ela nos conduz à sua magnificente graça; e
suplicando que ele nos ensine sobre os aspectos superiores da sua graça, para
que possamos abraçar totalmente tudo quanto ele deseja realizar em nossa vida e
por meio dela.