O Espírito Santo diz à Igreja de
Corinto, por meio do apóstolo Paulo: “Não vos falo na forma de mandamento, mas
para provar, pela diligência de outros, a sinceridade do vosso amor; pois
conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre
por amor de vós, para que, pela sua pobreza, vos tornásseis ricos” (2 Coríntios
8.8-9).
A Escritura
nos ensina que Deus deseja que conheçamos sua graça. Ele deseja que aprendamos
acerca dela e ele opera em nossas vidas para que a experimentemos. A graça tem
sido corretamente descrita como “um favor imerecido”. Existe um acróstico com a
palavra GRACE, em inglês, “God's Riches At Christ's
Expense” (em português, “Riqueza de Deus à custa de Cristo”), que capta
mais da sua grandiosidade. Graça é Deus provendo livremente para nós, quando
confiamos na obra redentora de seu Filho, tudo quanto continuamente
necessitamos, tudo quanto desejamos, tudo quanto ele nos ordena ser e fazer;
realidades que nunca poderíamos produzir por nós mesmos, nunca poderíamos
ganhar e nunca poderíamos merecer. A graça oferece aquilo que todo ser humano
necessita desesperadamente, mas que somente Deus dá.
Esta graça
é encontrada apenas em uma pessoa, o Senhor Jesus. Ela é a “graça de nosso
Senhor Jesus Cristo”. A graça e a verdade vieram por meio dele (João 1.17). O
pecado e a morte entraram no mundo por meio do pecado de um só homem, Adão; a
graça salvadora entrou por meio de um só homem, Jesus Cristo (Romanos 5.12-21).
Desse modo, ela é acessível apenas por meio de um contínuo relacionamento
pessoal com ele.
A graça
está disponível a nós pela boa vontade de Jesus de tomar sobre si nossa
falência espiritual, o que nos torna capazes de participar de sua riqueza
espiritual (1 Pedro 2.24). Antes de vir à Terra, Jesus gozava das riquezas
celestiais (“sendo rico”). Ele conhecia a comunhão infinitamente rica do Pai e
do Espírito Santo. Ele recebia a rica adoração dos anjos. Ele gozava das
prerrogativas ilimitadas da divindade. Porém, abriu mão de tudo isso por amor a
nós (Filipenses 2.6-8).
Então, para
nosso benefício, Jesus tornou-se voluntariamente pobre (“se fez pobre por amor
de vós”). Ele humilhou-se a si mesmo para andar como homem entre a humanidade
pecadora. Aquele que era adorado no céu, tornou-se desprezado na Terra. Aquele
que criou todas as coisas foi assassinado por aqueles que criou. Aquele que
sempre existiu na eternidade morreu no tempo. Aquele que era santo fez-se
pecado por nós (1 Coríntios 5.21).
Por meio
dessas operações de sua graça, todo aquele que nele crê torna-se
espiritualmente rico (“para que, pela sua pobreza, vos tornásseis ricos”).
Deste modo, nós “que somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como
trapo de imundícia” (Isaías 64.6), nos tornamos “justiça de Deus” nele (2
Coríntios 5.21). Nós que, antes, não éramos povo, mas, agora, somos povo de
Deus (1 Pedro 2.10). Assim sendo, somos abençoados com toda sorte de bênção
espiritual nas regiões celestiais em Cristo (Efésios 1.3).
Por
isso, devemos orar, agradecendo e louvando a Deus por sua grande graça para
conosco. Devemos desenvolver nossa salvação pela graça com temor e tremor
(Filipenses 2.12). Devemos crescer na graça de nosso Senhor Jesus Cristo,
mediante um crescente relacionamento com ele (2 Pedro 3.18). Devemos nos tornar
instrumentos de sua graça na vida de outras pessoas, para a glória e honra de
Deus (Romanos 6.13, 19 e 22).