segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Mais sobre imagem real, não sombras, sob a graça


“Ora, visto que a lei tem sombra dos bens vindouros, não a imagem real das coisas, nunca jamais pode tornar perfeitos os ofertantes, com os mesmos sacrifícios que, ano após ano, perpetuamente, eles oferecem” (Hebreus 10.1). “Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida ou bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados, porque tudo isso tem sido sombra das coisas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo” (Colossenses 2.16-17).
            Da mesma forma como uma sombra que se aproxima aponta para a chegada da pessoa que lança a sombra, assim a lei apontava para a vinda do Senhor Jesus Cristo. Jesus (com sua graça abundante) é a imagem real que a lei prefigura. “O corpo é de Cristo”. Jesus é o único que produz os “bens vindouros”.
            Um desses “bens vindouros” que Jesus produz por sua graça é o pleno “descanso” visto na sombra do Sabbath (sábado/domingo, dia do descanso). A lei de Deus requer um dia de descanso por semana para seu povo. Como está escrito, “Lembra-te do dia de sábado (de descanso), para o santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado (descanso) do Senhor, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro; porque, em seis dias, fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, no sétimo dia, descansou; por isso, o Senhor abençoou o dia de sábado (descanso) e o santificou” (Êxodo 20.8-11). “Seis dias trabalharás, porém o sétimo dia é o sábado do repouso solene, santo ao Senhor; qualquer que no dia de sábado fizer alguma obra morrerá” (Êxodo 31.15). Essa sombra proveu o descanso físico regular para os israelitas. Contudo, ele ilustrava o descanso real (o verdadeiro descanso espiritual) que Jesus traz para nós. Como afirmam as Escrituras, “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e meu fardo é leve” (Mateus 11.28-30). Jesus é, agora, o Sabbath de descanso diário para todo aquele que humildemente depende dele. Como está escrito: “Nós, porém, que cremos, entramos no descanso, conforme Deus nos tem dito” (Hebreus 4.3).
            Outro “bem vindouro” que Jesus provê por sua graça é a plena comunhão que é prefigurado no Tabernáculo do Antigo Testamento. O Tabernáculo revela o desejo de Deus de habitar entre os homens. Observe o que a Escritura diz: “E me farão um santuário, para que eu possa habitar no meio deles. Segundo tudo o que eu te mostrar para modelo do tabernáculo e para modelo de todos os seus móveis, assim mesmo fareis” (Êxodo 25.8-9). Essa elaborada tenda portátil devia ser estabelecido no meio de seu povo. A determinação de Deus quanto a isso foi: “Mas incumbe tu os levitas de cuidarem do tabernáculo do Testemunho, e de todos os seus utensílios, e de tudo o que lhe pertence; eles levarão p tabernáculo e todos os seus utensílios; eles ministrarão no tabernáculo e acampar-se-ão ao redor dele” (Números 1.50). Os sacerdotes da tribo de Levi deveriam circundar o Tabernáculo, e as demais tribos deveriam acampar ao redor deles. Isto é uma sombra importante: Deus habitando no meio de seu povo. Todavia, algo muito mais real que essa sombra é cumprida em Cristo. Pois a Escritura diz: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai” (João 1.14). Agora, esse mesmo Jesus fez a igreja coletivamente, e nossas vidas individualmente, o tabernáculo de sua presença entre os homens! Como diz a Escritura: “Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” (1 Coríntios 3.16). “E, assim, habite Cristo, no vosso coração, pela fé, estando vós arraigados e alicerçados em amor” (Efésios 3.17).
            Tendo essas coisas em mente, coloquemo-nos de joelhos diante de nosso Senhor Jesus Cristo, louvando-o por vir habitar em nossa vida por sua graça, mediante a fé; e esperando nele, agora, pelo descanso diário que nossa alma cansada necessita desesperadamente.