Vivemos numa sociedade que estimula o individualismo (a filosofia do cada um por si) e a competitividade (a filosofia do mais forte vence). Em contrapartida, a Escritura ensina e estimula a vida em comunhão, o companheirismo e a cooperação. E o faz usando o argumento dos benefícios, isto é, apresentando as vantagens desse estilo de vida. Em síntese, o ensino da Bíblia pode ser expresso da seguinte forma: A vida em comunhão, companheirismo e cooperação, em vez da competição arraigada na inveja ou no individualismo, produz o sucesso e provê proteção contra as dificuldades.
O
primeiro benefício da vida em comunhão é: o resultado do trabalho em conjunto é
melhor, “Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho”
(Eclesiastes 4.9). A cooperação na realização de uma atividade leva a um
resultado melhor qualitativa e quantitativamente. A reconstrução dos muros de
Jerusalém em 52 dias, sob a liderança de Neemias e a cooperação de todos os
seus habitantes, é um bom exemplo disso (Neemias 6.15).
O
segundo benefício da vida em comunhão é: ajuda mútua, “Porque se caírem, um
levanta o companheiro; ai, porém, do que estiver só; pois, caindo, não haverá
quem o levante” (Eclesiastes 4.10). O companheirismo na realização de uma
atividade propicia oportunidades de ajuda mútua. A vitória sobre os
amalequitas, no primeiro confronto de Israel com eles, foi alcançada
(humanamente falando) graças ao companheirismo de Arão e Hur, que ajudaram a
manter erguidas as mãos de Moisés (Êxodo 17.11-13).
O
terceiro benefício da vida em comunhão é: estímulo mútuo, “Também, se dois
dormirem juntos, eles se aquentarão; mas um só como se aquentará?” (Eclesiastes
4.11). O companheirismo num empreendimento também proporciona estímulo na sua
realização. Quando Jônatas resolveu entrar no arraial filisteu, ele convidou
seu escudeiro. Este, com seu companheirismo e estímulo, ajudou Jônatas a obter
sucesso em sua empreitada e vitória a Israel (1 Samuel 14.6-7, 14-15).
O quarto benefício da
vida em comunhão é: melhor resistência, “Se alguém quiser prevalecer contra um,
os dois lhe resistirão; o cordão de três dobras não se rebenta com facilidade”
(Eclesiastes 4.12). A vida de comunhão, companheirismo e cooperação,
equivalendo a uma corda dobrada três vezes, oferece maior e melhor resistência
aos ataques de inimigos, aos desafios e às dificuldades. A igreja apostólica
passou por muitas dificuldades e desafios em seus dias, e não há dúvida de que
um dos segredos de sua firmeza e resistência é a vida de comunhão que tinham
uns com os outros (Atos 2.42-47).